O CANTO DO UIRAPURU: A FLORESTA POÉTICA DE THIAGO DE MELLO
Resumo
Crítico da modernidade racionalista e expansionista que trouxe consigo uma cosmovisão que apartou homem e natureza, o poeta amazonense Thiago de Mello, em Amazonas—Pátria da Água, traceja uma poiesis assinalada pelo grito contra a destruição da floresta amazônica, entremeado por ricas memórias e contrastantes paisagens. Com este trabalho, objetivamos construir uma abordagem embasada em fontes diversas analisando os aspectos estético-filosóficos da referida obra de Mello, no sentido de vislumbrar o universo amazônico, suas culturas e problemáticas sociais. Assim, desenvolvemos reflexões sobre a poesia que se ancora em uma paisagem que espelha a maior vegetação e o maior rio do mundo—a Amazônia e o Amazonas, respectivamente— ameaçados, deveras, pelas incursões capitalistas.
Referências
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