INTENSIFICAÇÃO DO TRABALHO DOCENTE E ALTERAÇÃO DA SAÚDE DO PROFESSOR DO ENSINO FUNDAMENTAL
Resumo
Resumo: Este artigo analisa os resultados de uma pesquisa realizada no período de 2015 a 2017, tendo como foco central o trabalho docente. O objetivo foi analisar até que ponto as novas demandas acrescidas às funções docentes das séries iniciais resultam em mal-estar e alteração da saúde do professor, chegando ao afastamento das atividades laborais. O período de 2013-2015 foi selecionada para a coleta das informações no acervo documental de dez escolas públicas do município de Rio Branco – Acre. Os aportes teóricos foram as discussões realizadas pelo(a)s brasileiro(a)s como, Assunção e Oliveira (2009); Gasparine, Barreto e Assunção (2005); Codo e Vasques-Menezes (1999) e os europeus Esteve (1992 e 1999) e DEJOURS (1992). O critério para selecionar as escolas foi o de congregar um maior número de turmas e de professores e assim, foram definidas dez escolas para a realização da pesquisa. Cinco bolsistas de iniciação científica coletaram as informações. Identificados os CID constantes do atestado médico, passaram a classifica-los, explicitando a nomenclatura da doença. Após essa fase, o campo da pesquisa foi reduzido para duas escolas, tornando possível a observação e entrevistas com dezesseis professoras. Constatou-se que as demandas acrescidas às funções docentes de professoras das séries iniciais, juntamente com a desvalorização econômica e a ausência de prestígio têm gerado a intensificação do trabalho, mal-estar, ora com proximidade a relatos que explicitam a síndrome de Burnout, ora como estresse continuado que desagua na alteração da saúde, resultando no afastamento das atividades laborais.
Palavras-chave: Intensificação do trabalho; Mal-estar; Adoecimento.
Referências
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GASPARINI, Sandra Maria; BARRETO, Sandhi Maria; ASSUNÇÃO, Ada Ávila. O professor, as condições de trabalho e os efeitos sobre sua saúde. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 31, n. 2, p. 189-199, maio/agosto, 2005.
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