ESTUDO in silico DAS PROPRIEDADES FARMACOCINÉTICAS DE Inga laurina

Autores

  • Cristian Kallahan Silva Chagas Universidade Federal do Pará
  • Hanna Patrícia dos Santos Martins Universidade Federal do Pará
  • Maria Fani Dolabela Universidade Federal do Pará

Resumo

O gênero Inga é importante para a região norte, principalmente devido seu valor culinário, devido seu fruto saboroso, e alguns estudos apontam para fortes atividades antioxidante e citoprotetora, dentre as espécies desse gênero, encontra-se a Inga laurina, diversas substância porém apesar de já terem sido isoladas, são poucos os estudos avaliando suas possíveis atividades in silico. O objetivo deste trabalho é realizar o estudo in silico das propriedades farmacocinéticas de substâncias já isoladas de Inga laurina. Foram testadas 11 substâncias já isoladas e identificadas anteriormente da Inga laurina: (Epi)galocatequina-3-O-(3'',5''-O-Dimetil)-galato (01); 4'-metil-(Epi)galocatequina-3-O-(3'',5''-O-Dimetil)-galato (02), Dodecanotato de 2-hidroxietila (03); Miricetina-3-O-Ramnosideo (04); galocatequina-(4α-8)-4'-O-metilgalocatequina (05); epigalocatequina-(2→O→7, 4→8)-4'-O-metilgalocatequina (06), Epigalocatequina-3-O-galoil-(2→O→7, 4→8)-4'-O-metilgalocatequina (07), Galato de 2-(4’-galoil)-ramnopiranosil-4,6-diidroxifenila (08), Galato de 2-ramnopiranosil-4-galoil-6-hidroxifenila (09), Galato de metila (10) e a Mircetina Galoil-ramnosideo (11). Utilizando o software online PreADMET®, foram avaliados os seguintes parâmetros farmacocinéticos: permeabilidade em células MDCKCaco-2 (alta permeabilidade: >70 nm/sec, média: 4-70 nm/sec e baixa: <4 nm/sec); absorção intestinal humana (HIA) (bem absorvidos: 70 - 100%, moderadamente: 20-70% e mal: 0-20%; ligação à proteína plasmáticas (forte ligação: >90% e fraca ligação: <90%) e passagem pela barreira hematoencefálica (atravessa livremente: <2; moderadamente: 2.0-0.1; não atravessa: >0,1. Quanto a permeabilidade em células MDCK, apenas a substância 03 apresenta alta permeabilidade, a 10 possui média permeabilidade e todas as outras possuem baixa permeabilidade. Quanto a permeabilidade em células CACO2, todas as substâncias apresentaram média permeabilidade. Quanto a penetração na barreira hematoencefálica, apenas a substância 03 atravessa livremente, as substâncias 02 e 10 atravessam moderadamente e as outras não atravessam. A respeito da ligação a proteínas plasmáticas, as substâncias 04 e 10 são as únicas que não apresentam uma forte ligação, todas as outras ligam-se fortemente. Quanto a sua absorção intestinal em humanos, apenas a substância 03 é bem absorvido, 02, 06 e 10 são moderadamente absorvidos e todas as outras apresentam má absorção intestinal, essa má absorção intestinal é devido tais compostos apresentarem uma característica hidrofílica, além de que, devido sua alta ligação a proteínas plasmáticas, podem apresentar baixa atividade farmacológica e comprometer o metabolismo de outras substâncias. A análise in silico permite inferir que são necessárias modificações estruturais, para aumentar sua possível atividade farmacológica e absorção intestinal, devido a importância da espécie para a comunidade são necessários estudos in vitro e in vivo, para comprovação de tais características.

Arquivos adicionais

Publicado

2021-08-25

Como Citar

Chagas, C. K. S. ., Martins, H. P. dos S., & Dolabela, M. F. . (2021). ESTUDO in silico DAS PROPRIEDADES FARMACOCINÉTICAS DE Inga laurina. Arigó - Revista Do Grupo PET E Acadêmicos De Geografia Da Ufac, 3(2). Recuperado de https://periodicos.ufac.br/index.php/arigoufac/article/view/5506