O Paradoxo da Vida Aeróbica
Palabras clave:
Mitocôndria, radicais livres, fosforilação oxidativa, cadeia respiratória.Resumen
Os radicais livres estão intimamente relacionados à vida aeróbica na Terra, seja ela vegetal ou animal, tal fato decorre da natureza química do oxigênio que, embora seja um poderoso oxidante, é quase impossível evitar reações de oxidação secundária, ou seja, oxidações não relacionadas aos processos bioquímicos de obtenção de ATP (Sorg, 2004). Embora existam outras fontes celulares de geração de radicais livres tais como as cicloxigenases e peroxissomas a maior parte é gerada na mitocôndria (Lambeth, 2004; Balaban et al., 2005). Em vários pontos ao longo da cadeia de citocromos, elétrons derivados do NADH ou do FADH podem reagir diretamente com o oxigênio dando origem a espécies reativas de oxigênio (ERO´s). Assim, a respiração celular aeróbica forneceu um ganho energético incomparavelmente superior aos processos fermentativos, contudo, conduziu as células a um ambiente altamente oxidante. Por essa razão, as células desenvolveram uma poderosa maquinaria enzimática antioxidante. Essa revisão trata da discussão aprofundada dos elementos e processos envolvidos na fosforilação oxidativa com enfoque na geração de ERO´s fornecendo assim um ponto de vista não convencional dos processos mitocondriais de obtenção de energia. Apresenta a utilização do oxigênio como aceptor final de elétrons em organismos aeróbios como uma saída bem sucedida para o desenvolvimento de organismos mais complexos, mas que, inexoravelmente conduz esses organismos a um colapso lento e progressivo uma vez que expõem as células a um ambiente fortemente oxidativo.
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