Reflexões sobre a epistemologia de Paul Feyerabend e uma Ecologia de Saberes
Abstract
Conhecido pela alcunha de o “pior inimigo da ciência”, Paul Feyerabend esclareceu que a definição se dera pelo fato de ter dito que “abordagens não ligadas a instituições científicas podiam ter algum valor”. Além desta, outras críticas destinadas ao epistemólogo austríaco são provenientes do fato de que a epistemologia de Paul Feyerabend defende a pluralidade de teorias e o pluralismo metodológico. Entretanto, o que defende não é que qualquer coisa pode ser ciência, mas sim que a fronteira entre o que é científico e o que não é científico não é rígida e intransponível. Para desfazer a tradição monocultural, surge a visão de uma Ecologia de Saberes, onde diferentes saberes são valorizados e além da valorização, esta visão defende uma coexistência harmoniosa entre os conhecimentos de distintos grupos. Neste sentido, o trabalho apresenta que é necessário promover um diálogo entre as culturas e a preocupação em definir maneiras para que o diálogo possa efetivamente acontecer. Tendo dito tudo isto, conclui-se que o “fazer ciência” e a educação científica precisam de “pessoas que sejam adaptáveis e inventivas, não rígidos imitadores de padrões comportamentais estabelecidos”.