BENTHIC MACROINVERTEBRATES AS BIOINDICATORS OF CAMPINARANA’S STREAMS OF THE VALE DO JURUÁ MICROREGION

Autores

  • Hugo Luís Mendes dos Santos Ferreira Universidade Federal do Acre - UFAC
  • Marlon Lima De Araujo Universidade Federal do Acre (UFAC)
  • Lucena Rocha Virgilio Universidade Federal do Acre (UFAC)

Palavras-chave:

Amazônia, BMWP, Insetos aquáticos, Qualidade de água

Resumo

Este estudo objetiva avaliar os efeitos da extração de areia sobre a qualidade da água e a composição da comunidade de macroinvertebrados bentônicos. Os invertebrados aquáticos são diversos e sua abundância e distribuição estão relacionados diretamente a fatores bióticos e abióticos, tornando-os uma ótima ferramenta em estudos de biomonitoramento e bioindicação em ambientes aquáticos. Este trabalho foi realizado em quatro riachos de um complexo vegetacional de campinarana no Estado do Acre, Brasil, amostrados em pontos impactados e menos impactados pela extração de areia. Foram coletados um total de 198 macroinvertebrados, pertencentes a 11 ordens e 24 famílias. Houve diferença significativa entre os riachos em relação às suas composições da comunidade (Pseudo-F = 4.79; P = 0.001). Esse estudo identificou que a predominância e a maior densidade das famílias em áreas impactadas e não impactadas pertencem a ordem Diptera (52.6±30.3), provavelmente devido aos seus hábitos oportunistas. Além disso, riachos impactados tiveram menor abundancia e riqueza de ETP e foram caracterizados pelo índice BMWP com qualidade “duvidosa”.

Referências

[1] FILIZOLA, N. et al. The significance of suspended sediment transport determination on the Amazonian hydrological scenario. Sediment transport in aquatic environments, p. 45-64, 2011. DOI: 10.5772/19948.
[2] DAMASCO, G. et al. Disentangling the role of edaphic variability, flooding regime and topography of Amazonian white‐sand vegetation. Journal of Vegetation Science, v. 24, n. 2, p. 384-394, 2013. DOI: 10.1111/j.1654-1103.2012.01464.x
[3] ANDERSON, A. B. (1981). White-sand vegetation of Brazilian Amazonia. Biotropica.13, 199-210. DOI: 10.2307/2388125.
[4] DA SILVA, P.E.S., et al. Fauna de flebotomíneos (Diptera: Psychodidae) de uma reserva de campina no Estado do Amazonas, e sua importância epidemiológica. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v. 43, n. 1, p. 78-81, 2010. DOI: 10.1590/S0037-86822010000100017.
[5] SHARMA, S.; PANDEY, P.; DAVE, V. Research article role of aquatic beetles for water quality assessment. International Journal of Recent Scientific Research, v. 4, n. 11, p. 1673-1676, 2013. DOI: 10.24327/IJRSR
[6] DALY, D. C., et al., The white‐sand vegetation of Acre, Brazil. Biotropica, v. 48, n. 1, p. 81-89, 2016. DOI: 10.1111/btp.12307.
[7] VANNOTE, R.L.; SWEENEY, B.W., Geographic analysis of thermal equilibria: a conceptual model for evaluating the effect of natural and modified thermal regimes on aquatic insect communities. The American Naturalist, v. 115, n. 5, p. 667-695, 1980. DOI: 10.1086/283591.
[8] CASATTI, L., et al. Stream fish, water and habitat quality in a pasture dominated basin, southeastern Brazil. Brazilian Journal of Biology, v. 66, n. 2B, p. 681-696, 2006. DOI: 10.1590/S1519-69842006000400012.
[9] ROSENBERG, D.M.; RESH, V.H. Freshwater biomonitoring and benthic macroinvertebrates. Journal of the North American Benthological Society, v. 12,n. 2, p. 220-222, 1993. DOI: 10.2307/1467358.
[10] HAMADA, N.; NESSIMIAN, J.L.; QUERINO, R.B. Insetos aquáticos na Amazônia brasileira: taxonomia, biologia e ecologia. Manaus: Editora do INPA, p. 724, 2014. ISBN: 978-85-211-0123-9.
[11] TAKEDA, A.M., et al. Invertebrados associados às macrófitas aquáticas da planície de inundação do alto Rio Paraná (Brasil). Ecologia e manejo de macrófitas aquáticas, p. 243-260, 2003. In HENRY-SILVA, G. G., MOURA, R. S. T. D., DANTAS, L. L. D. O. Richness and distribution of aquatic macrophytes in Brazilian semi-arid aquatic ecosystems. Acta Limnologica Brasiliensia, v. 22 n. 2, p. 147-156, 2010. DOI: 10.4322/actalb.02202004.
[12] SALLES, F.F.; JÚNIOR, N.F. Habitat e hábitos. In: HAMADA, N; NESSIMIAN, JL; QUERINO, RB. Insetos aquáticos na Amazônia brasileira: taxonomia, biologia e ecologia. Manaus: Publisher of INPA. cap. 3, 39-49, 2014. ISBN: 978-85-211-0123-9.
[13] CALLISTO, M.; MORETTI, M.; GOULART, M. Macroinvertebrados bentônicos como ferramenta para avaliar a saúde de riachos. Revista Brasileira de Recursos Hídricos. 6, 71-82, 2001.
[14] TEIXEIRA, K.Q.; SOUZA, L.L. Macroinvertebrados bentônicos como bioindicadores de qualidade da água do lago de Tefé, Amazonas. SIB, Universidade do Estado do Amazonas – UEA, 2017
[15] FERNÁNDEZ, H; DOMÍNGUEZ, E. Guía para la determinación de los arthrópodos bentónicos Sudamericanos. Universidad Navional de Tucumán, San Miguel de Tucumán, 2001.
[16] FROEHLICH, C.G. Guia on-line: Identificação de larvas de Insetos Aquáticos do Estado de São Paulo. 2007 Available in: <http://sites.ffclrp.usp.br/aguadoce/guiaonline>. Accessed in 13.06.2017.
[17] JUNQUEIRA, V.M.; CAMPOS, S.C.M. Adaptation of the “BMWP” method for water quality evaluation to Rio das Velhas watershed (Minas Gerais, Brazil). Acta Limnologica Brasiliensia. v. 10, p. 125-135, 1998.
[18] ANDERSON, M.; GORLEY, R.N.; CLARKE, R.K. Permanova+ for Primer: Guide to Software and Statisticl Methods. Primer-E Limited, 2008.
[19] DUFRÊNE, M.; LEGENDRE, P. Species assemblages and indicator species: the need for a flexible asymmetrical approach. Ecological monographs, v. 67 n. 3, p. 345-366, 1997. DOI: 10.2307/2963459.
[20] MCCUNE, B.; MEFFORD, MJ. Pc-ord: multivariate analysis of ecological data; Version 4 for Windows; [User's Guide]. MjM software design, 1999.
[21] MECHI, A.; SANCHES, D.L. Impactos ambientais da mineração no Estado de São Paulo. Estudos avançados. v.24, p. 209-220, 2010. DOI: 10.1590/S0103-40142010000100016.
[22] O'CONNOR, N.A., The effects of habitat complexity on the macroinvertebrates colonising wood substrates in a lowland stream. Oecologia. v. 85, p. 504-512, 1991. DOI: 10.1007/BF00323762.
[23] SANCHEZ-ARGUELLO, et al. Spatial andtemporal variation of stream communities in a human-affected tropicalwatershed. International Journal of Limnology. v. 46, p. 149–156, 2010. DOI: 10.1051/limn/2010019.
[24] MARTINS, R.T., et al. Effects of urbanization on stream benthic invertebrate communities in Central Amazon. Ecological indicators. v. 73, p. 480-491, 2017. DOI: 10.1016/j.ecolind.2016.10.013.
[25] REIS, D.F.D., et al. Measurement of the Ecological Integrity of Cerrado Streams Using Biological Metrics and the Index of Habitat Integrity. Insects. v. 8, n. 1, p. 10, 2017. DOI: 10.3390/insects8010010.
[26] MERRITT, R.W.; CUMMINS, K.W. An introduction to the aquatic insects of North America. Journal of the North American Benthological Society. v. 28, n. 1, p. 266-267, 1996. DOI: 10.1899/28.1BR.266.1.
[27] DAHL, J.; JOHNSON R.K.; SANDIN L. Detection of organic pollution of streams in southern Sweden using benthic macroinvertebrates. In: Hering D., Verdonschot P.F.M., Moog O., Sandin L. (eds) Integrated Assessment of Running Waters in Europe. Developments in Hydrobiology. v. 175, p. 161-172, 2004. DOI: 10.1007/978-94-007-0993-5_10.

Downloads

Publicado

2021-09-04

Como Citar

Ferreira, H. L. M. dos S., Lima De Araujo, M., & Rocha Virgilio, L. (2021). BENTHIC MACROINVERTEBRATES AS BIOINDICATORS OF CAMPINARANA’S STREAMS OF THE VALE DO JURUÁ MICROREGION. South American Journal of Basic Education, Technical and Technological, 8(2), 254–263. Recuperado de https://periodicos.ufac.br/index.php/SAJEBTT/article/view/4485

Edição

Seção

Ciências Biológicas