ENSINO DE QUÍMICA ASSOCIADO À INDÚSTRIA SUCROALCOOLEIRA NA ESCOLA ESTADUAL ANTONIO FERREIRA SOBRINHO, NA CIDADE DE JACIARA, MATO GROSSO, BRASIL.
Resumo
A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulga a cada três anos um estudo sobre a situação da educação escolar formal comparando pouco mais de 60 países. É o Programa Internacional de Avaliação de Alunos (da sigla em inglês PISA), que avalia conhecimentos no ensino básico. De acordo com a prática cotidiana em sala de aula, tem-se a constatação de que o problema é sério, havendo a necessidade de fazer algo para melhorar essa situação, e infelizmente depara-se com a falta de investimentos governamentais necessários, de infraestrutura, capacitação de corpo docente; para que esse quadro mude. O cerne desta pesquisa é o desenvolvimento de um tema central que relacione os conhecimentos prévios dos alunos com os conteúdos de Química, sobre a Indústria Sucroalcooleira. Localmente, o tema é motivador do conhecimento porque a maioria dos alunos tem contato direto ou indireto com o assunto, pois muitos de seus pais trabalham nesta indústria ou conhecem alguém muito próximo com ligação à mesma. Em 2015, o Brasil ocupa a 60ª posição, atrás de Colômbia, Trindade e Tobago e Tailândia. Mas não é necessária uma avaliação mundial para constatar-se que a educação escolar brasileira não vai bem. Três turmas da terceira série do Ensino Médio foram divididas em grupos para estudar a produção da cana de açúcar, a produção de açúcar e de etanol; e uma quarta turma não participou do projeto, mas teve o importante papel de possibilitar a comparação na aprendizagem daqueles que tiveram um ensino inovador com aqueles que tiveram um ensino tradicional. A metodologia demonstrou-se eficaz, pois foi observado uma maior motivação, interesse e aplicação dos alunos que participaram da nova proposta, principalmente quando comparadas aos que, ao mesmo tempo, receberam aulas nos moldes tradicionais de ensino.
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