Trichoderma spp. NO BIOCONTROLE AO C. Gloeosporioides AGENTE CAUSAL DA ANTRACNOSE EM CAJUEIRO
Resumo
Espécies do gênero Trichoderma apresentam grande potencial para o biocontrole de doenças de plantas. Neste sentido, objetivou-se avaliar o potencial antagônico de nove cepas de Trichoderma spp. no biocontrole in vitro de Colletotrichum gloeosporioides agente causal da antracnose em cajueiro. Para tal, foi conduzido ensaio pelo método da cultura pareada em laboratório, sendo o patógeno Colletotrichum gloeosporioides repicado três dias antes dos antagonistas. Após sete dias de incubação foi realizada medições em direções perpendiculares do diâmetro da colônia do patógeno, sendo calculada a porcentagem de inibição do crescimento. As cepas de Trichoderma spp. foram agrupadas em classes. As cepas estudadas foram capazes de inibir o crescimento micelial in vitro de Colletotrichum gloeosporioides. Contudo, ainda são necessários os estudos in vivo, a fim de confirmar este potencial e recomendar o método de controle biológico para a antracnose do cajueiro.
Referências
[2] IBGE. Levantamento sistemático da Produção Agrícola. Fortaleza: IBGE/GCEA-CE.Outubro 2018. Documento impresso.
[3] MESQUITA, J. B. R.; PAIVA, J. R.; MARQUES, G. V.; NUNES, A. C. Efeitos da compatibilidade entre porta-enxerto vs enxerto de cajueiro comum em viveiro. Agropécuaria Técnica, v. 31, n.1, p. 49-57, 2010.
[4] ANJOS JUNIOR, O. R.; CIRÍACO, J. S.; PAIXÃO, M. C. S. Produtividade da castanha de caju no estado do Ceará: uma análise de convergência. Extensão Rural, v. 24, n. 4, p. 65-85, 2017.
[5] SOUZA, A. C.; VIEIRA, G. H. C.; NEVES, L. M. Uso de óleos essenciais no controle do Colletotrichum gloeosporioides causador na antracnose no caju. Enciclopédia Biosfera, v. 16, n. 29, p. 1709-1715, 2019.
[6] GAMARRA-ROJAS, G.; SILVA, N. C. G.; VIDAL, M. S. C. Contexto,(agri) cultura e interação no agroecossistema familiar do caju no semiárido brasileiro. Cadernos de Ciência e Tecnologia, v. 34, n. 3, p. 315-338, 2017.
[7] MCLEAN, K. L.; HUNT, J. S.; STEWART, A.; WITE, D.; PORTER, I. J.; VILLALTA, O. Compatibility of a Trichoderma atroviride biocontrol agent with management practices of Allium crops. Crop Protection, v. 33, [s.n] p. 94-100, 2012.
[8] BROTMAN, J.; KAPUGANTI, G.; VITERBO, A. Trichoderma. Current Biology, v. 20, n. 9, p. 390-391, 2010.
[9] BHARDWAJ, D.; ANSARI, M. W.; SAHOO, R. K.; TUTEJA, N. Biofertilizers function as key player in sustainable agriculture by improving soil fertility, plant tolerance and crop productivity. Microbial Cell Factories, v. 13, n. 66, p. 1-10, 2014.
[10] KANG, S. M.; KHAN, A. L.; WAGAS, M.; YOU, Y. H.; KIM, J.; KIM, J. G.; HAMAYUN, M.; LEE, I. J. Plant growth-promoting rhizobacteria reduce adverse effects of salinity and osmotic stress by regulating phytohormones and antioxidants in Cucumis sativus. Journal of Plant Interactions, v. 9, n. 1, p. 673-682, 2014.
[11] GARCIA, T. V.; KNAAK, N.; FIUZA, L. M. Bactérias endofíticas como agentes de controle biológico na orizicultura. Agricultural Microbiology, v. 82, [s.n] p. 1-9, 2015.
[12] ATANASOVA, L.; LE CROM, S.; GRUBER, S.; COULPIER, F.; SEIDL-SEIBOTH, V.; KUBICEK, C. P.; DRUZHININA, I. S. Comparative transcriptomics reveals different strategies of Trichoderma mycoparasitism. BMC Genomics, v. 14, n.121, p. 1-15, 2013.
[13] MEYER, M. C.; MAZARO, S. M.; DA SILVA, J. C. Trichoderma: uso na agricultura. 1ª Ed. Brasilia, 2019.
[14] OSORIO-HERNÁNDEZ, E.; CASTILLO-HERNÁNDEZ, F. D.; MORALES, G. G.; HERRERA-RODRÍGUEZ, R.; REYES-CASTILLO, F. In-vitro behavior of Trichoderma spp. against Phytophthora capsici Leonian. African Journal of Agricultural Research, v. 6, n. 19, p. 4594-4600, 2011.
[15] CRUTCHER, F. K.; PARICH, A.; SCHUHMACHER, R.; MUKHERJEE, P. K.; ZEILINGER, S.; KENERLEY, C. M. A putative terpene cyclase, vir4, is responsible for the biosynthesis of volatile terpene compounds in the biocontrol fungus Trichoderma virens. Fungal Genetics and Biology, v. 56, [s.n] p. 67-77, 2013.
[16] CONTRERAS-CORNEJO, H. A.; MACÍAS-RODRÍGUES, L.; DEL-VAL, E. K.; LARSEN, J. Ecological functions of Trichodermas pp. and their secondary metabolites in the rhizosphere: interactions with plants. FEMS Microbiology Ecology, v. 92, n.4, p. 1-17, 2016.
[17] ALFENAS, A. C.; FERREIRA, F. A.; MAFIA, R. G; GONÇALVES, R. C. Isolamento de fungos fitopatogênicos. In: ALFENAS, A. C.; MAFIA, R. G. Métodos em Fitopatologia. 2ª Ed. Viçosa, 2006.
[18] DENNIS, C.; WEBSTER. J. Antagonistic properties of species groups of Trichoderma, III Hyphal interactions. Transactions of the British Mycological Society, v. 57, n.1, p. 363-369, 1971.
[19] BELL, D. K.; WELLS, H. D.; MARKHAM, C. R. In vitro antagonism of Trichoderma species against six fungal plant pathogens. Phytopathology, v. 72, n.4, p. 379-382, 1982.
[20] ALMEIDA, W. K. D. S. Antagonismo de Trichoderma viride sobre fungos fitopatogênicos, Colletotrichum spp., Cercospora musae e Asperisporium caricae em fruteiras tropicais. Revista Brasileira de Agroecologia, v. 4, n.1, p. 1374-1378,2009.
[22] MONTE, E.; BETTIOL, W.; HERMOSA, R. Trichoderma e seus mecanismos de ação para o controle de doenças de plantas. In: MEYER, M. C.; MAZARO, S. M.; DA SILVA, J. C. Trichoderma: uso na agricultura. 1ª Ed. Brasilia, 2019.
[23]VINALE, F.; SIVASITHAMPARAM, K.; GHISALBERTI, E. L.; WOO, S. L.; NIGRO, M.; MARRA, R.; LOMBARDI, N.; PASCALE, A.; RUOCCO, M.; LANZUISE, S. Trichoderma secondary metabolites active on plants and fungal pathogens. The Open Mycology Journal, v. 8, [s.n] p. 127-139, 2014.
[24] PADDER, B.A.; SHARMA, P. N. In vivo and in vivo antagonism of biocontrol agents against Colletotrichum lindemuthianum causing bean anthracnose. Archives of Phytopathology and Plant Protection, v. 44, n.10, p. 961-969, 2011.
[25] COSTA, K. K.; RUFINO, C. P. B.; MACEDO, P. E. F.; NOGUEIRA, S. R. Antagonismo de Trichoderma spp. sobre Colletotrichum gloesosporioides, agente causal da antracnose de Euterpe precatória. South American Journal, v. 6, n.1, p. 391-397, 2019.