Percepção ambiental de moradores do entorno de Áreas de Preservação Permanente em Porto Velho, Rondônia
Resumo
A humanidade vem convivendo com o crescimento e desenvolvimento desordenado das cidades, sem nenhuma ou quase nenhuma preocupação com o ambiente, em especial as Áreas de Preservação Permanente. O objetivo desse trabalho foi avaliar o conhecimento da população do entorno das Áreas de Preservação Permanente urbanas sobre a sua importância e forma de uso no município do Porto Velho. Para a realização dessa pesquisa foi utilizado um questionário com seis perguntas relacionadas às Áreas de Proteção Permanete, abordando o perfil dos entrevistados e a percepção ambiental. Foram entrevistadas 100 moradores, onde 36% possuíam o ensino médio completo e 53% dos entrevistados souberam responder o que é uma Área de Proteção Permanete. Quando verificada as formas de uso, 64% da população não faz nenhum tipo de uso, enquanto que 36% da população pratica alguma atividade. Os benefícios que se destacam entre os entrevistados foram a “Conservação da biodiversidade” e “Sensação térmica”, com 40 e 20 citações, respectivamente. Em relação aos maleficios destacou-se a “Ausência da conservação” com treze citações e “Acúmulo de lixo” com 5 citações. Das medidas de melhoria tiveram destaque as categorias “Área de lazer” e “Fiscalização” com 26% cada, seguidas de “Educação Ambiental”, com 25%. Este estudo ratificou a importância dessas áreas protegidas na qualidade de vida urbana, destacando o maior número de benefícios em relação aos malefícios. Nosso estudo reintera a necessidade da presença dos órgãos de fiscalização para que ocorra a efetivação dos objetivos maiores desses espaços especialmente protegidos.
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