QUILOMBO E O FUNK CARIOCA
POSSIBILIDADES EDUCATIVAS DA FRUIÇÃO FUNKEIRA PELAS RELAÇÕES ETNICO-RACIAIS AFRO-BRASILEIRAS
Palavras-chave:
Funk carioca, fruição funkeira, quilombo, Movimento Negro EducadorResumo
Artigo sobre o fundamento da música funk carioca como cultura afro-brasileira (Nascimento, 2016; Moura, 2019), em um método multidimensional com as áreas da educação vinculadas na diáspora (Gilroy, 2012), essas advindas do Movimento Black Rio (Peixoto; Sebadelhe, 2016), apresentaremos um debate sobre a fruição funkeira como contínua identidade musical negra, eletrônica, periférica, jovem, capaz de provocar o quilombo (Nascimento, 2019; Nascimento, 2018) da favela (Campos, 2011). Durante mediações e buscas no campo de sonoridades contextualizadas por conservadas perseguições moralistas e policialescas, o cotidiano na dimensão racista (Mbembe, 2014) e genocida do Brasil (Vianna, 1997; Batista, 2013; Lopes, 2010; Facina, 2013, 2009), temos o funk carioca como antirracista, quando posicionamos a fruição funkeira na perspectiva do Movimento Negro Educador (Gomes, 2017). No fim, através de um olhar nas equivocadas narrações sobre as fruições funkeiras, oferecemos pontos de críticas para possibilitar um fortalecimento e mostrar seriedade na lei 11.645/2008, o reconhecimento da importância da cultura e história afro-brasileira e indígena na formação da identidade nacional, portanto, quem contribui para a valorização dessas populações.
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