COLORISMO E RECONHECIMENTO

A IDENTIDADE ÉTNICO-RACIAL NO CONTEXTO ESCOLAR

Autores

  • Lívia Barbosa Pacheco Souza Universidade do Estado da Bahia (UNEB/Brasil
  • Gilmara dos Santos Silva Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira - Unilab

Palavras-chave:

Educação, Identidade, Gênero, Racismo, Escolar, Juventude

Resumo

Este artigo aborda o tema do colorismo e o reconhecimento da identidade étnico-racial no contexto escolar. O objetivo é refletir sobre o colorismo (ou pigmentocracia) como forma de discriminação baseada na cor da pele, discutindo os reflexos do racismo estrutural na educação. Quanto à metodologia, foram utilizadas pesquisas qualitativas com análise de artigos científicos e levantamento bibliográfico fundamentado em propostas e discussões de autores. A educação é vista como uma base importante para a construção da cidadania, desempenhando um papel relevante na formação do caráter e na reflexão social. Portanto, é crucial valorizar a cultura e a identidade negra para combater os símbolos de inferioridade historicamente direcionados ao corpo negro. Conclui-se que o colorismo estrutural resulta em danos como a negação do outro e o enfraquecimento da identidade, e a educação formal tem contribuído pouco para a transformação de ações e pensamentos discriminatórios. Destaca-se a importância de ações e práticas educativas para combater o racismo e promover a equidade racial.

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Biografia do Autor

Lívia Barbosa Pacheco Souza, Universidade do Estado da Bahia (UNEB/Brasil

Graduada em Gestão de Recursos Humanos (UNIJORGE 2011) e em Processos Gerenciais (UNIJORGE 2012), com MBA em Gestão de Pessoas (UNIJORGE 2013), Pós-Graduada em Direito do Trabalho (UCESP 2013), Bacharel em Administração Pública (UNEB 2014), Especialista em Gestão Pública (UNILAB 2015) e em Educação para as Relações Étnico Raciais -Aperfeiçoamento (UNIAFRO-UNILAB 2015), Especialista em Gestão Pública Municipal (UNEB 2016), Especialista em Saúde da Família (UNILAB 2018), Especialista em Educação em Gênero e Direitos Humanos (NEIM-UFBA 2019), Especialista em Gênero e Sexualidade na Educação (NUCUS-UFBA 2020) e em Gestão em Saúde (UNILAB 2020), Aperfeiçoamento em Tecnologia na Educação, Ensino Híbrido e Inovação Pedagógica (UAB-UFCE 2021) e Discente da Licenciatura Plena em Pedagogia da UNEB. 

Gilmara dos Santos Silva, Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira - Unilab

Sou Mestranda em Estudos de Linguagem: Contextos Lusófonos Brasil-África pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB), com graduação em Letras-Língua Portuguesa pela mesma instituição, onde me formei com o objetivo de abraçar a riqueza da linguagem e da educação. Além da graduação, adquiri uma visão diversificada ao concluir a Especialização em Sistema de Gestão de Qualidade, Saúde e Meio Ambiente na UNIFACS em 2012, e também minha graduação em Administração pela IESC-FAC no ano de 2006. 

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Publicado

2025-07-25

Como Citar

Souza, L. B. P., & Silva, G. dos S. (2025). COLORISMO E RECONHECIMENTO: A IDENTIDADE ÉTNICO-RACIAL NO CONTEXTO ESCOLAR. Revista Em Favor De Igualdade Racial, 8(4), 175–190. Recuperado de https://periodicos.ufac.br/index.php/RFIR/article/view/7441

Edição

Seção

ARTIGOS