POLÍTICAS DE EXTERMÍNIO DE UM POVO QUE NÃO É RECONHECIDO COMO CIVILIZAÇÃO
NOTAS SOBRE COLONIALIDADE, RACISMO E SEXISMO NA SAÚDE MENTAL BRASILEIRA
Palavras-chave:
Reforma Psiquiátrica, Saúde Mental, Racismo, ColonialidadeResumo
O presente artigo constitui-se como produto de uma revisão bibliográfica de um percurso de pesquisa. Tal investigação, objetiva situar o atual cenário de práticas no campo das políticas públicas de saúde mental, como continuidade das políticas de extermínio da população negra, perpetradas pelo racismo como agente da colonialidade. Para isto, propõe-se tecer as análises da relação intrincada entre dispositivos manicomiais como ferramentas de racismo e sexismo na sociedade brasileira, utilizando-se para isto, da contribuição de intelectuais negros e negras que foram apagados do campo epistemológico da saúde mental e da Reforma Psiquiátrica. Toma-se como material de análise, dados históricos, políticos e sociais que evidenciam os modos pelos quais opera a colonialidade no corpo de sujeitos racializados e investidos pelos equipamentos manicomiais sob o signo da loucura, traçando ainda um diagrama dos modos de subjetivação do corpo negro face às técnicas de dominação colonial nas instituições do Estado-moderno.
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