CAMINHOS ENTRELAÇADOS

UMA ANÁLISE DA INTERAÇÃO ENTRE O FEMINISMO BRANCO E MULHERES NEGRAS AO LONGO DO TEMPO

Autores

  • Catiana Ferraz da Silva Universidade de Santa Cruz do Sul - Unisc

Palavras-chave:

Feminismo, Feminismo Negro, Mulheres brancas, Mulheres negras, Movimento Feminista

Resumo

O objetivo principal deste estudo é analisar o papel do feminismo branco na relação com mulheres negras buscando compreender historicamente o desenvolvimento dessa interação. Assim, destaca-se a importância de uma reflexão aprofundada sobre este tema contemporâneo reconhecendo a necessidade de debates mais incisivos. Além disso, a pesquisa tem como metas específicas: investigar como se estabelece a relação entre o feminismo branco e as mulheres negras examinando os diferentes elementos que a constitui; avaliar os limites do feminismo no que diz respeito às posições sociais das mulheres negras e as suas experiências na sociedade contemporânea. Para atingir esses objetivos, realizou-se uma pesquisa bibliográfica em bases de dados científicas, como SciELO e Google Acadêmico, a fim de identificar publicações relevantes sobre o tema em questão. A consciência da desigualdade social entre as raças aliada à dupla opressão enfrentada pela mulher negra devido a seu gênero e etnia, fundamenta a necessidade de abordar essas questões de maneira aprofundada. A compreensão dessa desigualdade e o desejo de transformar o cenário atual motivam a articulação de um movimento empenhado em combater o preconceito na sociedade visando proporcionar melhores condições de vida para as mulheres negras e, por conseguinte, influenciar a estrutura social como um todo.

Biografia do Autor

Catiana Ferraz da Silva, Universidade de Santa Cruz do Sul - Unisc

Professora da Educação Básica na Secretaria de Educação do Rio Grande do Sul. Discente de mestrado no Programa de Pós-graduação em Letras da Universidade de Santa Cruz do Sul (PPGL/Unisc). Graduada em Pedagogia pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e em Letras – Língua Portuguesa pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

Referências

ALONSO, Angela. As teorias dos movimentos sociais: um balanço do debate. Lua Nova, São Paulo, 2009.

ALVES, A. C. F; ALVES, A. K. S. As trajetórias e lutas do movimento feminista no brasil e o protagonismo social das mulheres. In: IV Seminário do centro de estudo do trabalho e ontologia do ser social (CETROS), 2013, Fortaleza, Ceará. Anais. Fortaleza: Universidade Estadual do Ceará, 2013.

ALVES, Branca Moreira; PITANGUY, Jacqueline. O que é feminismo. Abril Cultural/ Brasiliense, 1985.

CARNEIRO, Sueli. Mulheres em movimento. Estudos Avançados, v. 17, n. 49, p. 117-132, 2003.

CARNEIRO, Sueli. Enegrecer o Feminismo: A Situação da Mulher Negra na América Latina a partir de uma perspectiva de gênero. Portal Geledés, 2011.

CISNE, M; GURGEL, T. Feminismo, estado e políticas públicas: desafios em tempos neoliberais para a autonomia das mulheres. Revista Ser Social, Brasília, v. 10, n. 22, 2008.

COSTA, A. A. A. O movimento feminista no brasil: dinâmicas de uma intervenção política. Revista Gênero, Rio de Janeiro, v.5, n.2, 2005.

DAMASCO, Mariana. Feminismo negro: raça, identidade e saúde reprodutiva o Brasil (1975-1996). Rio de Janeiro, 2008. Dissertação (Mestrado) – Fundação Oswaldo Cruz. Casa de Oswaldo Cruz, 2009.

DAVIS, Angela. Mulheres, raça e classe. Tradução Livre. Plataforma Gueto, 2013.

FOUCAULT, M. Vigiar e punir: história da violência nas prisões. 41.ed. Petrópolis: Vozes, 2013.

FREYRE, Gilberto. Casa Grande e Senzala: formação da família brasileira sob o regime da economia patriarcal. 16 ed. Rio de Janeiro. José Olympio. 1973.

FREYRE, Gilberto. Casa-grande e senzala. 49. ed. São Paulo: Global, 2004.

GONZALEZ, Lélia. Por um feminismo afro-latino-americano. In: GONZALEZ, Lélia. Por um feminismo afro-latino-americano: ensaios, intervenções e diálogos. Organização Flavia Rios e Márcia Lima. Rio de Janeiro: Zahar, 2020, p. 139-150

GUEDES, O. S; PEDRO, C. B. As conquistas do movimento feminista como expressão do protagonismo social das mulheres. In: I SIMPÓSIO SOBRE ESTUDOS DE GÊNERO E POLÍTICAS PÚBLICAS, 2010, Londrina. Anais. Londrina: Universidade Estadual de Londrina, 2010.

HOLLANDA, Heloisa Buarque de. Pensamento feminista: conceitos fundamentais. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2019.

HOOKS, Bell. Não sou eu uma mulher Mulheres negras e feminismo. Tradução: Plataforma Gueto. Plataforma Gueto, 2014.

IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Estatísticas de gênero: indicadores sociais das mulheres no Brasil. Rio de Janeiro: IBGE, 2021.

IPEA - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça - IPEA: 1. ed. Brasília: Ipea: UNIFEM. 2004.

KILOMBA, Grada. Memórias da plantação: episódios de racismo cotidiano. Tradução de Jess Oliveira. Rio de Janeiro: Cobogó, 2019.

LOURO, Guacira Lopes. Gênero, sexualidade e educação: Uma perspectiva pós-estruturalista. 16. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2014.

MATOS, M. A institucionalização do feminismo no Brasil. Os núcleos de estudos de relações de gênero e o feminismo como produtores de conhecimento: a experiência da RedeFem. Anais. Encontro nacional de núcleos e grupos de pesquisa, 2006, Brasília: Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, 2006.

MOREIRA, Nubia Regina. O feminismo negro brasileiro: um estudo do movimento de mulheres negras no Rio de Janeiro e São Paulo. 2007. 121p. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Campinas, SP, 2007.

MOURA, Clóvis. Sociologia do Negro Brasileiro. Série Fundamentos. São Paulo: Ed. Ática, 1988.

NASCIMENTO, Abdias do. O genocídio do negro brasileiro: processo de um racismo mascarado. São Paulo: Editora Perspectiva, 2016.

PEREIRA, Ana Claudia Jaquetto. Feminismo negro no brasil: a luta política como espaço de formulação de um pensamento social e político subalterno. Seminário Internacional Fazendo Gênero 10 (Anais Eletrônicos), Florianópolis, 2013.

RIBEIRO, Djamila. Quem tem medo do feminismo negro. 1.ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2018.

RODRIGUES, Cristiano Santos. As fronteiras entre raça e gênero na cena pública brasileira: um estudo da construção da identidade coletiva do movimento de mulheres negras. Universidade federal de minas gerais UFMG, Tese de mestrado, 2006.

SCHMIDT, R. T. Refutações ao feminismo: (des)compassos da cultura letrada brasileira. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 14, n. 3, 2006.

SOARES, V. Movimento Feminista: paradigmas e desafios. Revista Estudos Feministas. Florianópolis, v. especial, 1994.

TELES, M. A. de A. Breve história do feminismo no Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1999. p. 44.

VELASCO, Mercedes Jabardo. Introducción. Construyendo puentes: en diálogo desde / conel feminismo negro. In: TRUTH, Sojourner; et al. Feminismos negros: una antologia. Traficantes de sonhos: mapas, 2012. p. 27/56.

Downloads

Publicado

2024-11-21

Como Citar

Silva, C. F. da. (2024). CAMINHOS ENTRELAÇADOS: UMA ANÁLISE DA INTERAÇÃO ENTRE O FEMINISMO BRANCO E MULHERES NEGRAS AO LONGO DO TEMPO. Revista Em Favor De Igualdade Racial, 7(3), 149–165. Recuperado de https://periodicos.ufac.br/index.php/RFIR/article/view/7358

Edição

Seção

ARTIGOS