RACISMO RECREATIVO E SEU IMPACTO NO AMBIENTE VIRTUAL

Autores

  • Esdras Silva Sales Barbosa Faculdade Adventista da Bahia - FADBA
  • Jorge Adriano Silva Junior FADBA

Palavras-chave:

Racismo, Memes, Racismo recreativo, Ambiente virtual, Racismo algorítmico

Resumo

Com as recentes e velozes adaptações dos ambientes virtuais à comunicação social, acende a necessidade de discutir as novas formas de racismo ligados à tecnologia. Usualmente, se tem visto preconceito nas redes sociais, onde se tem constatado que as redes sociais privilegiam posts com discursos de ódio. Outra constatação é que para praticar o racismo em ambiente virtual se recorre a peças humorísticas para menosprezar a comunidade negra e suas características, sendo conhecida tal atitude como racismo recreativo. Os memes são conhecidas ferramentas utilizadas por usuários racistas para difundir suas piadas e comentários indevidos. Sendo assim, este trabalho tem por objetivo investigar a relação dos memes com o racismo cometido em ambiente virtual. Como resultado, identificamos que os memes são veículos de expressões do racismo recreativo difundido no ambiente virtual. A pesquisa tem caráter qualitativo se tratando de uma revisão bibliográfica exploratória realizada em artigos científicos e obras de renomados pesquisadores sobre questões raciais e redes sociais.

Biografia do Autor

Esdras Silva Sales Barbosa, Faculdade Adventista da Bahia - FADBA

Discente de mestrado no Programa de Pós-graduação em Direito da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (PPGD/Unisinos). Graduado em Direito pela Faculdade Adventista da Bahia (FADBA), Cachoeira, Bahia. É integrante do grupo de pesquisa República da Universidade Federal do Piauí (UFPI). Bolsista-PIBIC do grupo de pesquisa Gestão e Políticas Públicas: Avaliando a Capacidade de Políticas Públicas de Saúde, Educação e Segurança no Município de Cachoeira-Bahia, da FADBA. Cachoeira, Bahia, Brasil. E-mail: esdras_advento@hotmail.com. ORCID 0000-0003-0337-5492.

Jorge Adriano Silva Junior, FADBA

Mestrado em Direito no Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Pós-graduando em Direito Administrativo pela Universidade Salvador (UNIFACS). Graduado em Direito pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Coordenador do grupo de pesquisa Gestão e Políticas Públicas: Avaliando a Capacidade de Políticas Públicas de Saúde, Educação e Segurança no Município de Cachoeira-Bahia, da FADBA. Professor universitário da Faculdade Adventista da Bahia (FADBA).Faculdade Adventista da Bahia, Cachoeira, BA, Brasil. E-mail: jorgeadrianojr@gmail.com. ORCID https://orcid.org/0000-0002-4278-2851. 

Referências

ALMEIDA, Silvio Luiz.O que é racismo estrutural? Belo Horizonte: Letramento, 2018.

ARAÚJO, Taiwô Prudêncio. Racismo algorítmico e seu impacto em influenciadores digitais negros no Instagram, Twitter e TikTok. 2022. Trabalho de conclusão de curso. Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), 2022.

BRASIL, Charles; LIMA DE BRITO, Frank Henrique. O RACISMO RECREATIVO COMO POLÍTICA CULTURAL. Revista Em Favor de Igualdade Racial, [S. l.], v. 5, n. 02, p. 112–119, 2022.

BEZERRA, Arthur Coelho; COSTA, Camila Mattos da. Pele negra, algoritmos brancos: informação e racismo nas redes sociotécnicas. Liinc em Revista, [S. l.], v. 18, n. 2, 2022.

CAMPOS, Luiz Augusto. RACISMO EM TRÊS DIMENSÕES: Uma abordagem realista-crítica. Revista Brasileira de Ciências Sociais [online]. 2017, v. 32, n. 95, 2017.

DE Kerckhove Derrick. “E-motividade: o impacto social da Internet como um sistema límbico. Matrizes, vol. 9, no. 1, p. 53-65, 2015.

EMPOLI, Giuliano Da. Os engenheiros do caos.1. ed.São Paulo: Vestígio, 2019.

HORTA, Natália Botelho. O meme como linguagem da internet: uma perspectiva semiótica. 2015. 191 f., il. Dissertação (Mestrado em Comunicação) Universidade de Brasília, Brasília, 2015.

LIMA, Bruna Dias Fernandes. Racismo algorítmico: o enviesamento tecnológico e o impacto aos direitos fundamentais no Brasil. 2022. 127 f. Dissertação (Mestrado em Direito) – Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, 2022.

LOPES, André. Ronaldo;SILVA. Guilherme Henrique Gomes Da. Microagressões raciais, poder e privilégio nas bibliotecas. Revista Educação Matemática, p. 27-54, 2023.

MOREIRA, Adilson José. O que é racismo recreativo? Belo Horizonte: Letramento, 2018.

MILLS, Charles Wright. The racial contract. Ithaca, New York: Cornell University Press, 1997.

NASCIMENTO, Erika. Benigma.; SOUZA, Maria. Celeste. Reis. Fernandes. de; PAULA, Fernanda. Cristina. de. RACISMO RECREATIVO NOS CORPOS-TERRITÓRIO DE ADOLESCENTES NEGRAS NA ESCOLA. SciELO Preprints, 2023.

NEVES, Marcelo. Constituição e direito na modernidade periférica: uma abordagem teórica e uma interpretação do caso brasileiro. São Paulo: Martins Fontes, 2018.

OLIVEIRA, Elissânia da Silva. “É só de brincando, tia!” racismo recreativo em apelidos, piadas e brincadeiras no ambiente escolar. Orientadora: DanyelleNilin Gonçalves. 2022. 100 f. Dissertação (Mestrado em Sociologia) - Mestrado Profissional de Sociologia em Rede Nacional, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2022.

PRADO, Magaly. Fake News e Inteligência Artificial: O poder dos algoritmos na guerra da desinformação. Lisboa: Grupo Almedina (Portugal), 2022.

PEIXOTO, Leonardo. Ferreira.; CASTRO, Maria. Cecília.; MACHADO, Marcelo. Ferreira. A circulação de memes nas redes como táticas de resistências cotidianas. REMEA - Revista Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental, [S. l.], v. 37, n. 2, p. 510–527, 2020.

QUADRADO, Jaqueline Carvalho; FERREIRA, Ewerton da Silva. Ódio e intolerância nas redes sociais digitais. Revista Katálysis [online], v. 23, n. 03, p. 419-428, 2020.

SANTOS, Adeilma Machado dos. “TÁ RINDO DE QUÊ?”: O GÊNERO MEME E A RECONFIGURAÇÃO DO RACISMO NO AMBIENTE VIRTUAL. VI CONEDU - Vol 1... Campina Grande: Realize Editora, 2020.

SILVA, Tarcísio. Racismo algoritmo. Sergio Amadeu de Silveira (Org.). 1 ed. São Paulo: Edições SESC. 2022.

SILVA, CesarAdonay Benjamin de Souza.; PEREIRA, Luis Ismael. O racismo recreativo 30 anos após a publicação da Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989. Revista de Direito, [S. l.], v. 13, n. 02, p. 01–32, 2021.

SILVA JUNIOR, Jorge Adriano da. Fake news e crise imunológica do estado democrático de direito: um vírus entre o sistema político, jurídico e os meios de comunicação de massa. Revista Vertentes do Direito, [S. l.], v. 10, n. 1, p. 110–137, 2023.

SIQUEIRA, Thiago dos Santos. Raça sob uma perspectiva sistêmica: observações à luz de uma aproximação entre a teoria dos sistemas e os estudos pós-coloniais. 2020. 100 f. Dissertação (Mestrado em Direito) —Universidade de Brasília, Brasília, 2020.

SOUZA JÚNIOR, Jaime. de. O lado ‘nego’ dos memes da internet: relações entre letramento visual e a construção do negro no discurso online. Cadernos de Linguagem e Sociedade, [S. l.], v. 17, n. 2, p. 99–121, 2016.

SOUSA, Joana Paula Silva; PAIVA, Francisco Jeimes de Oliveira.; SILVA, Eduardo Dias da. Multimodalidade da resistência negra: uma análise visual crítica da materialidade discursiva em memes digitais In.: Revista Diálogos, v. 7, n. 3, out.-dez., 2019.

SUE, Derald Wing et al. Racial microaggressions in everydaylife: implications for clinicalpractice. American psychologist, v. 62, n. 4, p. 271, 2007.

TOSI, Giuseppe (Org.). Direitos Humanos: História, Teoria e Prática. João Pessoa. UFPB, 2004.

TORRES, Ton. O fenômeno dos memes. Ciência e Cultura, set., Vol.68, n. 3, p. 60-61, 2016

Downloads

Publicado

2025-01-09

Como Citar

Barbosa, E. S. S., & Silva Junior, J. A. . (2025). RACISMO RECREATIVO E SEU IMPACTO NO AMBIENTE VIRTUAL . Revista Em Favor De Igualdade Racial, 8(1), 88–102. Recuperado de https://periodicos.ufac.br/index.php/RFIR/article/view/7199

Edição

v. 8 n. 1 (2025): Edição Jan/Mar

Seção

ARTIGOS

Licença

Copyright (c) 2025 Esdras Silva Sales Barbosa, Jorge Adriano Silva Junior

Creative Commons License

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.

Os Direitos Autorais para artigos publicados nesta revista são do autor. Em virtude de aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não-comerciais.