RACISMO

UMA BUSCA PELAS PESQUISAS DA REGIÃO CENTRO-OESTE DO BRASIL NA BIBLIOTECA DIGITAL BRASILEIRA DE TESES E DISSERTAÇÕES (BDTD)

Resumo

Considerando que o Brasil é um país em que há discriminação racial, o objetivo do presente estudo é analisar como as questões da diversidade: raça e racismo aparecem nas pesquisas de teses e dissertações da região centro-oeste do Brasil contempladas na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD). A complexa sociedade brasileira é marcada pela desigualdade desde a colonização até os dias atuais, em que a cultura faz com que as pessoas percebam os outros segundo a cor da pele, sendo uma ideologia essencialista chamada racismo, a qual postula a divisão da sociedade em grupos de diferentes raças, com características físicas, morais, intelectuais, entre outras, dividindo-se com desigualdade. A metodologia, de cunho bibliográfico, com Revisão Sistemática de Literatura (RSL), é apoiada principalmente em Almeida (2019), Diangelo (2008), Fanon (2008) e Munanga (2003). Nesta pesquisa, a raça é considerada uma questão política e social, inexistente para a genética. O racismo, por sua vez, desumaniza e hierarquiza, causando impactos nocivos à sociedade. A análise indicou que a cultura brasileira ainda perpetua a segregação, categorizando indivíduos com base na cor da pele e associando a eles estereótipos que abrangem aspectos estéticos, econômicos, intelectuais e sociais. A despeito da vivência cotidiana do racismo por negros e mulheres, muitos não se reconhecem como vítimas desse preconceito. Outra constatação preocupante é a falta de consciência racial entre profissionais da educação, o que influencia a prática pedagógica. No entanto, destaca-se a atuação do movimento negro na luta pela visibilidade e combate às desigualdades, desmistificando ideias arraigadas como o mito da boa colonização. O desafio reflexivo posto neste estudo, é a necessidade de entendermos que todas as pessoas fazem parte da raça humana, formada por uma diversidade, onde as diferenças existem e não podemos negar, porém, a luta deve estar numa educação que busque a convivência igualitária nos diferentes contextos políticos, sociais e ideológicos.