DITOS E NÃO DITOS SOBRE A CONSTITUIÇÃO HISTÓRICA DA CIDADE DE RIO BRANCO – AC
ALGUMAS ABORDAGENS DECOLONIAIS
DOI:
https://doi.org/10.29327/269579.6.3-11Palavras-chave:
Amazônia acreana. Colonialidade. Racialização.Resumo
A proposta deste artigo é realizar diálogos/problematizações com diferentes narrativas que tratam sobre a constituição histórica da cidade de Rio Branco – AC, considerando a publicação do Decreto Municipal nº 1920, de 28 de dezembro de 2022, que institui Grupo de Trabalho com o intuito de revisar a data de “origem” da localidade, tendo como referências marcos cronológicos relacionados a ações de colonização destes espaços, desenvolvidas por agentes privados e públicos, entre o final do século XIX e início do século XX, recorte cronológico aqui trabalhado. Estes movimentos são, fundamentalmente, marcados por processos de exclusão/silenciamento, assentes em uma colonialidade do poder, do saber e do ser de populações que viviam/ vivem nestes espaços antes da expansão da empresa gumífera, sujeitos que foram vitimados e resistiram à práxis de violência característica da modernidade. Como fontes históricas, utilizamos jornais editados no então Território Federal do Acre, dialogando/problematizando com esses documentos referenciados pelos estudos Pós-Coloniais Latino-Americanos, através de autores como Anibal Quijano (2005), Enrique Dussel (1993; 2005), Walter Mignolo (2017) e Edgardo Lander (2005), assim como produções acadêmicas que tratam sobre a constituição das cidades, com destaques para os escritos de Michel de Certeau (1988), Maria Stella Bresciani (2002) e Richard Sennett (1994).
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