MULHERES QUILOMBOLAS DO QUILOMBO COXILHA NEGRA
DOI:
https://doi.org/10.29327/269579.6.3-6Palavras-chave:
Mulheres quilombolas. Tornar-se negra. Participação político-social.Resumo
Este trabalho trata os temas educação e participação político-social de mulheres quilombolas, com reflexões desenvolvidas durante o mestrado do Programa de Pós-graduação da Universidade Federal do Rio Grande (FURG), realizadas por uma pesquisadora negra, quilombola, militante do Movimento Negro e pertencente a comunidade na qual está sendo realizada o estudo. Com base nisso, o objetivo geral é analisar e compreender quais são os desafios imbricados nas trajetórias das mulheres quilombolas do Quilombo Coxilha Negra, localizado na zona rural do município de São Lourenço do Sul, região Sul do Rio Grande do Sul, durante o processo de tornar-se negra e consequentemente na tomada de consciência da sua condição de mulher quilombola, reconhecidas como lideranças na comunidade. Tendo em conta a intenção desta pesquisa, primeiramente realizo um resgate histórico sobre o processo de formação do Brasil, para em seguida apresentar autoras e autores que dialogam com as questões raciais que atravessam a vida das mulheres negras quilombolas, fazendo relações e refletindo sobre o quanto a realidade presente tem marcas do passado. Para esta pesquisa utilizo a análise de 3 entrevistas realizadas com mulheres negras quilombolas, estudantes de graduação ou já graduadas, algumas vinculadas a movimentos sociais. Inspirada em Conceição Evaristo, uso como ferramenta metodológica para produção e análise de dados o conceito de “escrevivencia” cunhado por essa mulher negra, poeta, contista, romancista e considerável teórica de estudos literários e afro-brasileiros por entender que esse conceito traz para escrita as mazelas que são marcadas pela minha experiência de mulher quilombola.
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