DESAFIOS DA IMPLEMENTAÇÃO DA LEI 10.639/2003 EM ESCOLAS PÚBLICAS NO MUNICÍPIO DE MARAPANIM/PA
DOI:
https://doi.org/10.29327/269579.4.2-9Palavras-chave:
Ensino , Afro-Brasileira, ImplementaçãoResumo
Esta pesquisa fez parte do trabalho de conclusão do curso de especialização em história e cultura afro-brasileira pela Uniasselvi/SC e busca analisar quais os principais entraves no processo de implementação da lei 10.639/2003 em escolas públicas de ensino fundamental na região do Salgado Paraense, especificamente no município de Marapanim/PA, parte integrante da região amazônica. Para isso, foi realizado um levantamento bibliográfico sobre os processos de implementação da Lei no Brasil, seguido de reflexões e vivências como docente em escolas públicas desta região. Como metodologia foi realizado uma etnografia escolar, entre anos de 2018, 2019 e o início de 2020, em turmas do ensino fundamental, nas disciplinas de história e estudos amazônicos. Este estudo se faz relevante, pois analisa os desafios da implementação da Lei 10.639/2003, que torna obrigatório o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira em escolas públicas, desvelando que, mesmo após quase duas décadas da homologação da Lei, muitas dificuldades ainda podem ser encontradas no cotidiano escolar. Como pressupostos teóricos, utilizamos os estudos de Freire (1996), Fernandes (2007), Dantas (2012), Loureiro (2015), Munanga (2020) e Silva (2007). Como resultado tivemos a oportunidade de observar experiências exitosas e a permanência de alguns empeços nas dinâmicas de implementação da Lei 10.639/2003 no município de Marapanim/PA.
Referências
AGOSTINHO, Cristina. ROCHA, Rosa Margarida de Carvalho. A valorização do povo negro no cotidiano da vida escolar. Belo Horizonte: MAZZA, 2001.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei Nº 9394, de 26 de dezembro de 1996. Brasília, 1996.
BRASIL. Lei Nº 10.639, de 09 de janeiro de 2003. Brasília, 2003.
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais – Pluralidade Cultural e Orientação Sexual. Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília: MEC/SEF, 1997.
BRASIL. Conselho Nacional de Educação Conselho Pleno. Resolução nº 1 de 17 de junho de 2004. Disponível http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/res012004.pdf. Acesso em 23/06/2020.
DANTAS, Carolina Viana; MATTOS, Hebe; ABREU, Martha. O Negro no Brasil: Trajetórias e Lutas em Dez Aulas de História. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012.
FERNANDES, F. O negro no mundo dos brancos. 2 ed. São Paulo: Global, 2007.
FILHO, Walter Fraga. Migrações, itinerários e esperanças de mobilidade social no recôncavo baiano após a abolição. Cadernos — trabalho e política, Cad. AEL, v.14, número 26, 2009. Disponível em https://www.ifch.unicamp.br/ojs/index.php/ael/article/view/2560/1970. Acesso em: 21/06/2020.
FRAGA e ALBUQUERQUE. Uma história da cultura afro-brasileira. São Paulo: Moderna, 2009.
FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. 23ª ed. Rio de Janeiro, Paz e Terra. 1999.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários a prática docente. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 49º ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005.
HOBSBAWAM, E. In: Sobre a história, São Paulo: Companhia de Letras, 1998.
LOUREIRO, Antonio. A escravidão na Amazônia. Disponível em https://www.franciscogomesdasilva.com.br/a-escravidao-na-amazonia/. Acesso em 15/06/2020.
MATTOS, Regiane Augusto de. História e cultura afro-brasileira. São Paulo: contexto, 2012.
MUNANGA, K. Por que ensinar a África na escola brasileira? Disponível em http://www.capoeiravadiacao.org/attachments/250_Porque%20ensinar%20a%20%C3%80frica%20na%20Escola%20Brasileira%20-%20%20kabengeleMunanga.pdf. Acesso em 19/06/2020.
SILVA, Petronilha Beatriz Gonçalves e. Aprender, ensinar e relações étnico-raciais no Brasil. Porto Alegre/RS, ano XXX, n. 3 (63), p. 489-506, set./dez. 2007.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Revista em Favor de Igualdade Racial
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Os Direitos Autorais para artigos publicados nesta revista são do autor. Em virtude de aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não-comerciais.