ZÉ PELINTRA
CONCEPÇÕES SOBRE A UMBANDA E O MALANDRO
Resumo
As entidades da umbanda fazem parte de seres espirituais com características únicas, entre esses seres encontra-se Zé Pelintra, uma entidade cercada por peculiaridades, descrito como malandro, apreciador de bebidas e jogador de carteado, uma entidade negra que recebe várias interpretações. O objetivo de nossa discussão e dialogar com a história da umbanda, seu mito fundador, problematizando com a data de criação da religião, teria sido essa criada no início do século XX ou a partir de 1930, a entidade Zé Pelintra, assim como os exus sofrem um processo de desconstrução. Se levamos em consideração que a religião seria formada a partir da terceira década do século XX, teremos um contexto contrário a malandros, jogadores e capoeiras, porém, uma das entidades da umbanda carrega todos esses elementos, o supracitado Zé Pelintra, portando a desconstrução dessa entidade não é apenas moral, mas uma escolha política. Buscamos discutir que existe uma ambiguidade na forma em que a entidade é descrita, a malandragem referida a esse ser sagrado, não se trata de um elemento depreciativo, mas da proximidade da entidade com o homem, proximidade essa que levará a sua desconstrução. Para construir esse diálogo realizamos uso de autores como Augras (1997), Rohde (2009), Pimentel (2011), através das bibliográficas discutimos como se constrói a ação de desvalorização aos exus, grupo que Zé Pelintra também faz parte e como essa ação não é recente, mais vem se ampliando ao longo do tempo.
PALAVRA CHAVES: Zé Pelintra. Umbanda. Desconstrução. Exu
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