CARACTERIZAÇÃO MINERALÓGICA E POTENCIAL PARA ROCHAGEM (REMINERALIZAÇÃO) DOS BASALTOS DA SUÍTE PARAPUÍ, NOROESTE DO CEARÁ

Autores

  • José Marcelo Silva da Luz Junior
  • Rosemery da Silva Nascimento

Resumo

A fertilização do solo por meio de remineralizadores é uma prática recente e cresce à medida que novas pesquisas são feitas na tentativa de minimizar o uso de agrotóxicos. O processo é regulamentado desde 2016 por intermédio da lei 12.890, 2013. Segundo dados do III Congresso Brasileiro de Rochagem, o Brasil importa 74% de insumos (agrotóxicos, pesticidas, etc.) agrícolas, cuja aplicação está submetida a diversas consequências econômicas tais como: a perda de competitividade e custos de produção elevados. Tendo em vista este cenário, a rochagem surge como fonte alternativa multielementar para fertilização do solo. Portanto, este trabalho trata sobre o potencial para rochagem das rochas basálticas que compõem a Suíte Parapuí localizada a noroeste do Ceará. A Suíte Parapuí é uma unidade já estudada em termos de classificação química, mineralógica e caracterização magmática. Esta
unidade estratigráfica corresponde a uma suíte vulcânica, de idade Neoproterozóica, intercalada entre as rochas sedimentares da Formação Pacujá, as quais pertencem ao Grupo Jaibaras. A suíte compreende três grupos de rochas incluindo basaltos (andesina-basaltos, traquibasaltos e magnetita-ilmenitas basaltos), riolitos e rochas vulcanoclásticas que ocorrem intercaladas aos arenitos arcoseanos do Grupo Jaibaras. Quimicamente estas rochas possuem conteúdo em bases totais de CaO+MgO+K2O maiores que 9%, este limite é requerido tendo em vista a legislação atual dos remineralizadores que usa como critério este patamar. A análise petrográfica permitiu o refinamento da mineralogia constituinte da matriz dos basaltos
em questão. Os minerais essenciais são o plagioclásio do tipo andesina (An50-54), fortemente alterada para sericita e localmente ocorrem como microfenocristais com hábito ripforme, perfazendo aproximadamente 60% do total das rochas descritas. Clinopiroxênios do tipo Augita constituem aproximadamente 20% das rochas descritas e são observados na matriz, já álcali-feldspatos, anfibólios e minerais acessórios somam cerca de 20% da composição total das rochas. A composição das amígdalas destes basaltos é definida por núcleos de zeólitas que são bordejados por calcitas, além de tremolita que preenchem vesículas de até 0,4 mm de
diâmetro, por vezes o quartzo se faz presente com intercrescimento micrográficos. A calcita é encontrada em microveios onde são observados pedaços da matriz dos basaltos, ainda se encontram cristais de epídoto em raras amígdalas.

Arquivos adicionais

Publicado

2021-08-25

Como Citar

Luz Junior, J. M. S. da, & Nascimento, R. da S. (2021). CARACTERIZAÇÃO MINERALÓGICA E POTENCIAL PARA ROCHAGEM (REMINERALIZAÇÃO) DOS BASALTOS DA SUÍTE PARAPUÍ, NOROESTE DO CEARÁ. Arigó - Revista Do Grupo PET E Acadêmicos De Geografia Da Ufac, 3(2). Recuperado de https://periodicos.ufac.br/index.php/arigoufac/article/view/5458