SEDENTARISMO EM ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS DE RIO BRANCO-AC
Palavras-chave:
Estudantes, Atividade Motora, Atividades de Lazer, EpidemiologiaResumo
Objetivo: Analisar a prevalência do sedentarismo no lazer segundo os aspectos demográficos, socioeconômicos, comportamentos de risco, percepção da saúde e horário do curso de estudantes universitários de Rio Branco, Acre. Métodos: Estudo transversal de base populacional com 853 acadêmicos pertencentes à Universidade Federal do Acre (UFAC), campus de Rio Branco. Para coleta dos dados foi aplicada um questionário estruturado com perguntas referentes as características demográficas, socioeconômicas, comportamentos de risco, percepção da saúde e horário do curso. Resultados: A prevalência observada de sedentarismo no lazer foi de 71,3%. O sexo feminino apresentou maior prevalência de sedentarismo (80,9%). Por faixa etária foi observado a prevalência de 67,8% na categoria ≤ 24 anos e 77,8% para os estudantes com idade ≥ 25 anos. Dos estudantes com cônjuge (80,2%), que possuíam filhos (82,1%), que pertenciam à classe econômica C-D (75,2%), apresentaram elevada prevalência de sedentarismo durante o lazer. Os estudantes com auto percepção de saúde insatisfatória (85,4%), relato de dor nas costas (77,1%), com percepção de dor de cabeça (75,0%), referir ter insônia (75,2%) e ter aulas no período noturno (79,5%) apresentaram altos níveis de inatividade física no lazer. Conclusões: A prevalência do sedentarismo no lazer foi alta em todas as variáveis estudadas, sendo: socioeconômicas, comportamentos de risco, percepção da saúde e horário das aulas. Portanto, sugere-se a elaboração de ações preventivas e educativas voltadas aos estudantes universitários para a redução do sedentarismo no lazer.
Referências
- Fontes AC. Vianna RP. Prevalência e fatores associados ao baixo nível de atividade física entre estudantes universitários de uma universidade pública da região Nordeste – Brasil. Rev Bras Epidem. 2009; 12 (1): 20-9.
- World Health Organization (WHO). New physical activity guidance can help reduce risk of breast, colon cancers. 2011. Disponível em: http://www.who.int/mediacentre/news/notes/2011/world_cancer_day_20110204/en/index.html. Acesso em: 12 jul 2015.
- Mielke GI, Ramis TR, Habeyche EC, Oliz MM, Tessmer MG, Azevedo MR, Hallal PC. Atividade física e fatores associados em universitários do primeiro ano da Universidade Federal de Pelotas. Rev Bras Ativ Fís Saúde, 2010; 15 (1): 57-64.
– World Health Organization. Global recommendations on physical activity for health. Geneva: WHO; 2010.
- Pires CG, Mussi FC, Cerqueira BB, Pitanga FJ, Silva DO. Prática de atividade física entre estudantes de graduação em enfermagem. Acta Paul Enferm. 2013; 26; (5): 436-43.
- Silveira EF, Silva MC. Conhecimento sobre atividade física dos estudantes de uma cidade do sul do Brasil. Rev Educ Física, 2011; 17 (3): 456-67.
- Souza TF, Nahas MV. Prevalência e fatores associados a menores níveis de prática de atividades físicas no lazer em estudantes de uma universidade pública do Estado do Bahia. Rev Bras Ativ Fís Saúde. 2011; 16 (4): 322-29.
- Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa. Critério de classificação econômica Brasil. 2010. Disponível em: http://www.abep.org/novo/Content.aspx? ContentID=301. Acesso em: 01 de Abr. 2010.
- Ministério da Saúde. VIGITEL Brasil 2010: vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico. Brasília: Ministério da Saúde; 2011.
- Farinatti PT. Apresentação em português de uma versão do compêndio de atividades físicas. Rev Bras Fisiol Exercício, 2003; 2 (2): 177-208.
- Lauritsen JM. (Ed.) EpiData Data Entry, Data Management and basic Statistical Analysis System. Odense Denmark, EpiData Association, 2000-2008. Disponível em: http://www.epidata.dk, acesso em: 12 ago 2014.
- STATACORP. Stata Statistical Software: Release 12. College Station, TX: StataCorp LP, 2011.
- Antes DL, Bidinoto PP, Katzer JI, Corazza ST. O jovem universitário e a busca pela saúde através do exercício físico. Arq Ciênc Saúde Unipar, 2009; 13 (1): 29-32.
- Marcondelli P, Costa TH, Schmitz BA. Nível de atividade física e hábitos alimentares de universitários do 3º ao 5º semestres da área da saúde. Rev Nutr. 2008; 21 (1): 39-47.
- Silva DA, Pereira IM. Estágios de mudança de comportamento para atividade física e fatores associados em acadêmicos de educação física. Rev Bras Ativ Fis Saúde. 2010; 15 (1): 15-20.
- Bielemann R, Karini G, Azevedo MR, Reichert FF. Prática de atividade física no lazer entre acadêmicos de educação física e fatores associados. Rev Bras Ativ Fís Saúde, 2007; 12 (3): 65-72.
- Cieslak F, Cavazza JF, Lazarotto L, Titski ACK, Stefanello JMF, Leite N. Análise da qualidade de vida e do nível de atividade física em universitários. Rev Educ Fís, 2012; 23 (2): 251-60.
- Barbosa SC, Dib LRP, Stabelini Neto A, Aliaga AI, Tribst LFO. Prática de atividade física entre universitários de diferentes níveis socioeconômicos. Colec Pesq Educ Fis. 2010; 9 (4): 2011-16.
- Pitanga FJ, Lessa I. Prevalência e fatores associados ao sedentarismo no lazer em adultos. Cad Saúde Pública. 2005; 21 (3): 870-77.
- Martinez-Gonzalez MA, Varo JJ, Santos JI, De Irala J, Gibney M, Kearney J. Prevalence of physical activity during leisure time in the Europe Union. Med Sci Sports Exerc. 2001; 33: 1142-46.
- Smith-Menezes A, Duarte MF, Silva RJ Inatividade física, comportamento sedentário e excesso de peso corporal associados à condição socioeconômica em jovens. Rev Bras Educ Fís Esporte. 2012; 26 (3): 411-18.
- Santos LR, Brito EC, Lira Neto JC, Alves LE, Alves LR, Freitas RW. Análise do sedentarismo em estudantes universitários. Rev Enferm UERJ. 2014; 22 (3): 416-21.
- Martinelli PM, Lopes CM, Muniz PT, Souza OF. Tabagismo em adultos no município de Rio Branco, Acre: um estudo de base populacional. Rev Bras Epidemiol. 2014; 17(4): 987-1000.
- Paixão MS, Tassitano RM, Siqueira GR. Prevalência de desconforto osteomuscular e fatores associados em estudantes universitários. Rev Bras Prom Saúde. 2012; 26 (2): 242-50.
- Carneiro KP, Couto M, Sanches N, Souza RA, Bueno TL, Salvetti MG. Prevalência e caracterização da dor de universitários do interior de São Paulo. Rev Inst Ciênc Saúde. 2008; 26 (1): 7-9.
- Mello MT, Fernandez AC, Tufik S. Levantamento epidemiológico da prática de atividade física na cidade de São Paulo. Rev Bras Med Esporte, 2000; 6 (4): 119-24.
- Souza TF. Inatividade física em universitários brasileiros: Uma revisão sistemática. RAS. 2011; 9 (29): 47-55.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Esta obra está licenciada sob uma política de compartilhamento livre. Para mais informações acesse: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/2.5/br/