EPIDEMIOLOGIA DAS ENTEROPARASITOSES EVIDENCIADAS EM CRIANÇAS NO MUNICÍPIO DE PORTO VELHO-RO
Palavras-chave:
intestinal parasites, Entamoeba histolytica / dispar, Giardia intestinalis, Ascaris lumbricoides.Resumo
As parasitoses intestinais representam um grande problema de saúde pública, principalmente em países subdesenvolvidos e em desenvolvimento. No Estado de Rondônia, o clima tropical propicia condições ideais para sua proliferação. A pesquisa caracteriza o perfil epidemiológico, com a perspectiva da Zona Urbana e Zona Rural. O objetivo é identificar a influência do fator ambiente na transmissão dos bioagentes considerando critérios como ocorrências, tipo de patógeno e procedência do indivíduo. Trata-se de um estudo com abordagem quantitativa, descritiva, cujos procedimentos técnicos se referem à pesquisa de campo, de corte transversal de prevalência, sendo realizadas 717 análises de amostras fecais, em 239 crianças pareadas por sexo e idade. No total, foram encontradas doze espécies de parasitos intestinais, entre os protozoários, a espécie mais frequente foi a Endolimax nana (90,0%) zona urbana e (91/%)zona rural; Entamoeba coli (47,0%) zona urbana e (56%) zona rural; Entamoeba hystolitica/díspar (31,0%) zona urbana e (49%) zona rural; Giardia intestinalis (77,0%) zona urbana e (60%) zona rural; Iodamoeba bustchlii (22%) zona urbana e (22%) zona rural. Quanto aos helmintos, foram encontradas Ascaris lumbricoides (6,0%) zona urbana e (56%) zona rural; Trichiuris trichiura (2%) zona urbana e (14%) zona rural; Enterobius vermincularis (0%) e (2%) zona rural; Ancylostoma duodenale (2,0%) zona urbana e (19%) zona rural, Strongiloides stercoralis (1%) zona urbana e (11%) zona rural e Hymenolepis nana (3%) zona urbana e (22%) zona rural Diphyllobotrium latum (0%) zona urbana e (2%) zona rural. Os dados aqui apresentados exibem uma realidade comum em municípios sem um controle sanitário eficiente, onde a ocorrência de parasitos intestinais pode ser considerada um bom indicador das condições socioeconômicas em que vive uma comunidade. A precariedade nas redes de esgoto, coleta de lixo e educação sanitária contribuem pela efetividade no número destes parasitas
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