A visitação ao Museu Núcleo de Ofiologia e Animais Peçonhentos da Bahia (NOAP/UFBA) pós-pandemia Covid-19
DOI:
https://doi.org/10.29327/210932.13.1-6Palavras-chave:
Educação Museal, Mediação, Animais peçonhentos.Resumo
O NOAP/UFBA (1987) é laboratório/grupo de pesquisa, criadouro científico de animais peçonhentos (regularizado de acordo com as Leis ambientais) e museu universitário itinerante. Conduz atividades de ensino, pesquisa e extensão sobre animais peçonhentos através da Rede de Zoologia Interativa/REDEZOO (Setor Educativo), ancorado na Educação Museal e Educação Museal Online. Visitas presenciais foram suspensas em março/2020 devido à Pandemia da COVID-19, retornando em agosto/2023 com Protocolo de Biossegurança e 10 pessoas por visita. Apresentamos aqui um relato de experiência quali-quantitativo, objetivando discutir o retorno do público visitante após a reabertura, quando as visitas passaram de espontâneas para agendadas via formulário online. Entre agosto-dezembro/2022 foram 8 visitas, 103 agendamentos, 56 visitantes (54,36%), média de 7 pessoas/visita; e de janeiro-dezembro/2023, 322 inscrições, 187 agendamentos (58,07%), 154 visitantes (47,82%), média de 8,5 visitantes. Os principais motivos para não realização de visitas foram incompletude da vacinação e falta não justificada. O perfil do público do NOAP/UFBA é majoritariamente de mulheres jovens (18-26 anos) que visitaram pelo seu interesse nos animais, no laboratório, questões acadêmicas/profissionais, convidando amigas(os), em visitas escolares e atraídas por indicação de colegas e motivadas pelas plataformas digitais. Concluímos que o retorno pós-Pandemia foi um desafio que alterou o funcionamento das visitas, mas que beneficiou o público interessado em ver animais peçonhentos e manuseá-los com segurança em atividades “mão-na-cobra” e “mão-na-aranha” (sem importância médica), reconhecendo o museu enquanto espaço de aprendizado, oportunidade e contato com a Universidade.
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