https://periodicos.ufac.br/index.php/jamaxi/issue/feed Jamaxi 2024-06-24T18:47:58-05:00 Sérgio Roberto tesesergio@gmail.com Open Journal Systems <p style="margin: 0cm; margin-bottom: .0001pt;">Jamaxi: Revista de História e Humanidades é um periódico eletrônico, semestral, editado sob a responsabilidade dos cursos de licenciatura e bacharelado em História da Universidade Federal do Acre e da Associação Nacional de História – ANPUH/Seção Acre, sem fins lucrativos, com o intuito de propiciar o intercâmbio, circulação e difusão de estudos e pesquisas nas áreas de Ciências Humanas, educação e linguagens. Tem como objetivo mobilizar e envolver pesquisadores, professores e estudantes de graduação e pós-graduação de universidades dessa macro região, bem como manter relações com as experiências de professores da educação básica e de movimentos sociais das florestas e cidades amazônico-andinas. As contribuições, na forma de artigos, entrevistas, resumos e resenhas, poderão ser livres ou vinculadas a dossiês temáticos organizados por profissionais dos cursos de História da Ufac, ANPUH - Seção Acre e outras instituições.</p> <p><strong>ISSN: 2594-5173 | Qualis B2</strong></p> https://periodicos.ufac.br/index.php/jamaxi/article/view/7669 MATXU E ATSA 2024-05-14T18:16:10-05:00 Edilene Machado Barbosa (Pakakuru) edilene.barbosa@sou.ufac.br Eldo Carlos Gomes Barbosa Shanenawa (Purumã) eldo.gomes@sou.ufac.br Shelton Lima de Souza shelton.souza@ufac.br <p>Este trabalho é uma proposta de análise sobre sentidos produzidos por sujeitos Shanenawa em torno de questões alimentares que compõem o Festival do Matxu que é realizado na aldeia Morada Nova. Partindo desse objetivo, realizamos o trabalho por meio de pesquisa realizada na Terra Indígena Katukina/Kaxinawa, no município de Feijó, Acre. Para o desenvolvimento da pesquisa, foram utilizadas algumas técnicas, tais como: entrevista, observação participante, registro em caderno de campo e por meio de fotos. Durante as práticas de alimentação e de nutrição do povo Shanenawa, todos os pratos apresentam macaxeira, tanto para alimentação do dia a dia como em momentos de festas. Com o passar dos anos, o povo Shanenawa passou por transformações culturais que acarretou modificações nos seus traços alimentares e, por isso, o Festival do Matxu vem sendo organizado pelo povo com a proposta de se estudar e mostrar às gerações mais novas das comunidades Shanenawa envolvidas, principalmente da aldeia Morada Nova, elementos alimentares considerados tradicionais pelo povo, bem como um momento de festejo das bonanças adquiridas pelas comunidades Shanenawa ao longo do ano.</p> 2024-06-24T00:00:00-05:00 Copyright (c) 2024 https://periodicos.ufac.br/index.php/jamaxi/article/view/7565 PINŨ BUKAWẼ (VAMOS COMER?): 2024-04-29T14:00:51-05:00 Danilo Rodrigues do Nascimento danilorodriguesbh@gmail.com Ramon Nere de Lima ramonnere99@gmail.com <p>Este trabalho surgiu a partir das disciplinas <em>“Tópicos Especiais III – Comidas e saberes: comensalidades, culturas e identidades alimentares”, </em>vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Letras: Linguagem e Identidade da Universidade Federal do Acre (PPGLI/Ufac) e da <em>"História da História Cultural",</em> pertencente ao Programa de Pós-Graduação em História da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do&nbsp;Sul&nbsp;(PUC-RS). O objetivo delineado foi compreender as formas de saberes-sabores da educação escolar Huni Kuĩ, observando a preservação, valorização e integração dos conhecimentos ancestrais e alimentícios na formação educacional dessa comunidade, consolidando um fluxo entre educação, saberes e sabores. Dessa forma, os aspectos teórico-metodológicos consistiram em revisão bibliográfica, a qual se fundamentou na análise dos textos discutidos durante as aulas, complementada por referências provenientes de estudos antropológicos e educacionais específicos sobre a interseção entre alimentação e educação escolar na comunidade Huni Kuĩ do Jordão e Tarauacá, Acre. Assim, a nossa base consistiu em: Wrangham (2010), Rossi (2014), Fiori (2015), Fernández-Armesto (2004), entre outros. Portanto, a jornada através dos saberes e sabores na educação escolar Huni Kuĩ da aldeia Mibayã na Terra Indígena Praia do Carapanã revelou-se uma imersão profunda na comporcepção de um povo cuja identidade está inextricavelmente ligada à sua relação com a alimentação e o meio ambiente.</p> <p><strong>PALAVRAS-CHAVE</strong>: Educação. Alimentação. Saberes-fazeres.</p> 2024-06-24T00:00:00-05:00 Copyright (c) 2024 https://periodicos.ufac.br/index.php/jamaxi/article/view/7509 MAY, VAKA, NI 2024-04-04T13:17:56-05:00 Karolaine da Silva Oliveira karolainysilva417@gmail.com <p>O presente trabalho é fruto da atividade avaliativa de uma disciplina acadêmica ofertada pelo programa de Pós-Graduação em Letras Linguagens e Identidades. Neste texto abordaremos a alimentação do povo Nukini, sobre a qual se percebem os embates que tiveram de realizar para manterem essa parte importante da cultura ancestral de seu povo. Nesse sentido, o trabalho tem como objetivo abordar o enfrentamento realizado pelo Povo Nukini, localizado no Acre, diante da colonialidade com a qual estiveram sujeitos durante e após o período dos seringais.&nbsp; Utilizando como metodologia uma pesquisa qualitativa e de análise da <em>Cartilha de Alimentação Tradicional do Povo Nukini</em>. Para o embasamento teórico foram utilizados textos que abordam sobre a questão histórica e cultural da alimentação e que possibilitaram diálogos com o grupo étnico aqui trabalhado, sendo eles Corona (2019); Santos (2019); Silva (2020); Quijano (2005), dentre outros. Os resultados alcançados mediante a conclusão do trabalho nos levam a refletir sobre as funções da alimentação, indo para além de questões de sobrevivência física dos seres humanos, onde se envolve a sobrevivência cultural.</p> 2024-06-24T00:00:00-05:00 Copyright (c) 2024 https://periodicos.ufac.br/index.php/jamaxi/article/view/7508 ALIMENTAÇÃO TRADICIONAL DOS PARKATÊJÊ 2024-04-11T14:16:34-05:00 Marilia Ferreira mariliaferreira1@gmail.com <p>O presente trabalho aborda aspectos gerais da alimentação tradicional dos parkatêjê, incluindo modo de produção, elaboração e consumo dos alimentos pela comunidade. Considerando-se as alterações e impactos ambientais que afetaram seu território, os parkatêjê passaram a consumir uma parte significativa de sua alimentação da mesma forma que os não-indígenas, sem, entretanto, abandonar parte dos seus costumes e hábitos alimentares tradicionais como a forma de uso da <em>kija</em>, onde são assados tubérculos e o <em>kuputi</em>. A alimentação tradicional era um aspecto muito presente em diferentes momentos da vida em comunidade, desde o dia a dia aos rituais de iniciação masculina (<em>Pemp)</em>, e outras festas tradicionais, como <em>PõhyTetet</em> e <em>Mejê</em>, além dos resguardos diversos vivenciados por esse povo. Outro aspecto marcante é o fato de os indígenas ofertarem como presentes em diferentes ocasiões itens de alimentação tradicional. O conhecimento tradicional indígena sobre a roça, sobre a floresta e sobre como manejar os itens de alimentação em produção ancestral pode contribuir para que a humanidade tenha segurança alimentar e uma nutrição mais sustentável.</p> 2024-06-24T00:00:00-05:00 Copyright (c) 2024 https://periodicos.ufac.br/index.php/jamaxi/article/view/7674 SABORES DE FRONTEIRA 2024-05-16T13:34:07-05:00 Francemilda Lopes do Nascimento francemilda.nascimento@ufac.br Raquel Alves Ishii ishii.raquel@gmail.com <p>O ato de comer vai além da ingestão de nutrientes. A relação que se estabelece com a comida é marcada historicamente e construída socialmente em contexto determinados.&nbsp; Este estudo busca analisar o discurso que atravessa percepções sobre a comida&nbsp; de fronteira que são evidenciadas antes e após os contatos culturais. A reflexão parte da análise das respostas de estudantes do Curso de Letras Espanhol, da Universidade Federal do Acre, a dois questionários aplicados um antes e outro depois da experiência de um intercâmbio linguístico-cultural na fronteira entre as regiões do Acre, Brasil e Puerto Maldonado, no Peru, ocorrido no ano de 2023.</p> 2024-06-24T00:00:00-05:00 Copyright (c) 2024 https://periodicos.ufac.br/index.php/jamaxi/article/view/7597 CONECTANDO SABORES E ESPIRITUALIDADE 2024-05-03T09:48:54-05:00 Káren Martins Tomás karentomasm@gmail.com Francisco Bento da Silva chicobento.ac@gmail.com <p>Este artigo tem como objetivo investigar a relação entre os sabores, a espiritualidade e a cultura na religião Umbanda, explorando as formas pelas quais as práticas alimentares e as identidades alimentares são expressas nesse contexto religioso. A culinária umbandista é influenciada pelas identidades étnicas e regionais, refletindo a combinação de práticas alimentares africanas, indígenas e europeias. A alimentação na Umbanda é vista como uma forma de conexão com as energias espirituais e de equilíbrio entre o plano material e o espiritual. Os autores Fernández-Armesto (2008) e Ribeiro (2009) são referenciados para destacar a importância da alimentação na Umbanda, incluindo aspectos econômicos, tecnológicos, religiosos e políticos, bem como a influência das identidades étnicas e regionais na culinária umbandista. O estudo destaca a importância de explorar as comensalidades, os saberes culturais e a expressão das identidades alimentares para entender a riqueza e a diversidade das tradições alimentares que envolvem os rituais e práticas religiosas na Umbanda.</p> <p>&nbsp;</p> 2024-06-24T00:00:00-05:00 Copyright (c) 2024 https://periodicos.ufac.br/index.php/jamaxi/article/view/7591 A ALIMENTAÇÃO NA REVISTA DO GLOBO (RIO GRANDE DO SUL, 1929-1967) 2024-05-02T15:46:33-05:00 Adriana Sassi de Oliveira sassi.adri@gmail.com <p>O presente estudo propõe analisar o papel da alimentação na <em>Revista do Globo</em> (1929-1967), as relações de comensalidade, convivialidade e sociabilidade alimentar; as permanências, rupturas e reconfigurações promovidas pelos alimentos, para compreender as relações sociais e culturais provocadas pela comida e pela bebida, sobretudo os casos do churrasco e do chimarrão. O contexto temporal deste estudo compreende os anos de 1929 a 1967, período de circulação da <em>Revista do Globo</em>, pontuados por transformações provenientes da modernização urbana e das inovações tecnológicas, científicas e conceituais que se mostraram refletidas nos alimentos e nos dispositivos alimentares. As leituras promovidas pela alimentação são examinadas nos diversos conteúdos informativos, nas imagens e nos anúncios publicitários presentes no periódico, refletindo códigos sociais e marcadores identitários, servindo de referências a grupos e indivíduos, bem como perfis de condutas e comportamento frente aos alimentos. Os resultados da pesquisa têm indicado diversas narrativas espelhadas nos alimentos, possibilitando através das leituras e das interpretações o reavivamento da memória e a reativação do passado, ambos favorecendo as relações de comparações e análises entre o contexto investigado, entre o presente e o pretérito, e entre comida e vida social, contribuindo para a valorização do patrimônio por meio desta construção, sobretudo da <em>Revista do Globo</em>.</p> 2024-06-24T00:00:00-05:00 Copyright (c) 2024 https://periodicos.ufac.br/index.php/jamaxi/article/view/7545 SEM FARINHA, SEM ACORDO 2024-04-27T07:20:59-05:00 Robert Pinho robertpinho17@gmail.com <p>O presente artigo demonstra a importância da farinha para a sociedade da Província do Amazonas durante a segunda metade do século XIX, aponta a importância econômica que este produto tinha junto ao mundo do trabalho e comportamentos coletivos daquela localidade. Destacam-se questões de abordagem historiográfica e a maneira dos modos de produção característicos da região amazônica e suas especificidades. É salientado a importância de apreender a alimentação como fonte histórica, estratégia que pode revelar aspectos muitos importantes da região ao longo do tempo.</p> 2024-06-24T00:00:00-05:00 Copyright (c) 2024 https://periodicos.ufac.br/index.php/jamaxi/article/view/7445 VISÕES COLONIAIS 2024-03-06T19:16:34-05:00 Ezir Leite de Moura Júnior ezir.junior@sou.ufac.br Jefferson Henrique Cidreira jjeffersonhenrique@hotmail.com <p>&nbsp;O artigo propõe uma análise crítica do papel do saber-fazer amazônico na obra "Descobrimentos do Rio das Amazonas" de 1941. Na obra, os viajantes Gaspar de Carvajal, Cristóbal de Acuña e Alonso de Rojas exploram as “peculiaridades” da Amazônia, oferecendo informações sobre geografia, habitantes e experiências vivenciadas durante expedições. Destaca-se o consumo, manejo e cultura alimentar das tartarugas como elemento de poder e saber na desconstrução de visões estereotipadas sobre a região.A metodologia adotada examina os efeitos de verdade e/ou “representações” criados pelo exercício do poder alicerçados no saber colonial na obra. Utilizando as abordagens de Michel Foucault (2013) e Stuart Hall (2016), o estudo analisa como os relatos sobre o manejo e práticas alimentares das tartarugas oferecem não apenas percepções coloniais, mas também o saber-fazer indígena como elemento de desconstrução do “incivilizado”, “hostil” e outros estigmas associados à Amazônia. A relação de harmonia e respeito ao meio ambiente é enfatizada como parte integrante dessa desconstrução.</p> <p><strong>PALAVRAS CHAVES:</strong> Viajantes, Tartarugas, Amazônias, Alimentação</p> 2024-06-24T00:00:00-05:00 Copyright (c) 2024 https://periodicos.ufac.br/index.php/jamaxi/article/view/7480 FARINHA ENQUANTO METÁFORA 2024-03-23T11:12:16-05:00 Alexandre Parada do Nascimento alexandrepdonascimento@gmail.com Aline Suelen Santos Sabatini aline.santos@ufac.br <p>Este estudo analisa as canções: <em>Farinha de Djavan</em>, <em>Tipiti de Dona Onete</em> e <em>Farinhada de Alberan Moraes</em>, que compartilham o tema central da farinha como fonte de alimentação e de representação regional. O objetivo aqui proposto é analisar como essas composições incorporam e interpretam a farinha enquanto metáfora das conexões culturais enraizadas. A pesquisa busca identificar elementos linguísticos, a exemplo da metáfora, que evoquem simbolismos e narrativas relacionadas à farinha nas composições elencadas, destacando como esses elementos contribuem para a representação da cultura e das tradições locais. A análise comparativa das canções ressalta pontos em comum e distinções, revelando nuances nas interpretações do simbolismo da farinha e evidenciando as conexões culturais distintas presentes nessas expressões regionais. Os resultados obtidos indicam que a farinha, inicialmente percebida apenas como um alimento comum, metaforiza-se, por meio dessas composições, como aspecto de linguagem para simbolização de diversas narrativas locais. Ao mesmo tempo, as canções desvendam a verdadeira natureza da farinha, elevando-a a um símbolo que transcende as fronteiras culinárias.</p> 2024-06-24T00:00:00-05:00 Copyright (c) 2024 https://periodicos.ufac.br/index.php/jamaxi/article/view/7479 BOCAS DE CENA 2024-03-26T11:30:57-05:00 Juliana Feitosa Albuquerque juliana.falbuquerque@gmail.com <p>As práticas do comer em performances artísticas, concomitante ao ato de oferecer alimento, ao público promovem uma relação somática entre saberes e sabores, contribuindo para uma amplitude na experiencia sensorial do espectador. Este texto busca refletir sobre o ato de comer coletivamente em cena enquanto uma experiência artística e estética, pensada desde os alimentos que são escolhidos para serem ofertados ao público e de que maneira esse ato induz o espectador a acessar e produzir emoções, memórias e sociabilidades durante determinada apresentação. Partindo de fontes documentais, como arquivos de textos e imagens disponibilizados na internet, em sites de notícias, blog, Facebook e Instagram, será feita uma análise do uso dos alimentos na cena e da comensalidade como condução do processo artístico no autointitulado ritual gastronômico Performancek: <em>BanketePerformátikoAmazoniko</em>, apresentado nos anos de 2017 e 2018, na cidade de Manaus (AM). Considerando que os atos de comer e produzir comensalidades são social e historicamente constituídos, a reflexão sobre acionar memórias e sociabilidades em cena passa inevitavelmente pela discussão dos processos colonizatórios sob as quais essas práticas alimentares se constituíram. A reflexão também envolve as categorias de identidade, tradição e cultura como significantes móveis. Para compor a análise serão utilizados os escritos de Achinte (2010); Freitas (2021); Glissant (2005) entre outros.</p> 2024-06-24T00:00:00-05:00 Copyright (c) 2024 https://periodicos.ufac.br/index.php/jamaxi/article/view/7537 COMIDA, HISTÓRIA, CULTURA E DIVISÃO SEXUAL DO TRABALHO 2024-04-24T17:52:11-05:00 Weima Paula Nogueira Lima da Cruz weima.cruz@ufac.br 2024-06-24T00:00:00-05:00 Copyright (c) 2024 https://periodicos.ufac.br/index.php/jamaxi/article/view/7518 BICHO-DE-CASCO NO VALE DO GUAPORÉ-RO 2024-04-08T11:38:22-05:00 Joely Coelho Santiago joelyndaguapore@gmail.com Elderson Melo de Miranda elderson.miranda@ufac.br <p>O Vale do Guaporé, situado no estado de Rondônia, é uma região rica em diversidade étnico-racial. Desde o século XVIII, a área passou por um processo de colonização e catequização, liderado por missionários religiosos e exploradores de minas de ouro. Esses colonizadores empregaram mão de obra escrava na extração de pedras preciosas, na proteção da região (que era objeto de disputa entre portugueses e espanhóis) e na produção de borracha. Hoje, o Vale do Guaporé é lar de brasileiros quilombolas, indígenas e bolivianos. Esses grupos mantêm vivas suas tradições através de intercâmbios, negociações e trocas culturais, que incluem práticas alimentares. Um exemplo é o consumo do "bicho-de-casco", nome dado pelos guaporenses ao tracajá, um quelônio muito apreciado na dieta das famílias da Amazônia. Este estudo tem como objetivo analisar a preparação da carne de bicho-de-casco no Vale do Guaporé, região de fronteira entre Brasil e Bolívia, entendendo seus significados na construção identitária e cultural dessas populações. A análise é baseada nas narrativas orais de duas mulheres contadoras de histórias, Olandina Braga e Joana Gomes, que nasceram e viveram nessa região. Para a realização deste trabalho, foi feita uma pesquisa bibliográfica e etnográfica, fundamentada em autores como Teixeira e Fonseca (2001), Bastos (1987), Fiori e Santos (2015) e Silva (2023), entre outros. O bicho-de-casco, servido de diversas formas - como farofa no casco, mixira, guisado ou sarapatel - é mais do que um alimento. Ele é um símbolo de identidade e cultura, pois representa práticas alimentares milenares que são transmitidas de geração em geração por diversos grupos sociais, em suas idas e vindas pelas florestas e rios amazônicos.</p> 2024-06-24T00:00:00-05:00 Copyright (c) 2024 https://periodicos.ufac.br/index.php/jamaxi/article/view/7655 SEMENTES TRADICIONAIS DE AMENDOIM 2024-05-10T23:05:37-05:00 Richelly Rayhanne Campos Barrozo eng.richellycampos@gmail.com Almecina Balbino Ferreira almecina.ferreira@ufac.br Marilene Santos de Lima marilene.lima@ufac.br Antônio Carnaúba de Aragão Júnior antonio.carnauba@sou.ufac.br Matheus Matos do Nascimento matheusxmattos@gmail.com <p>O amendoim (<em>Arachis hypogaea</em> L.) é uma das sementes oleaginosas mais cultivadas no mundo, a espécie é originária da América do Sul e pertencente à família <em>Fabaceae</em>. Além disso, é uma planta considerada rústica uma vez que se adapta a diferentes condições ambientais. A cultura, apresenta grande relevância econômica e alimentícia devido à sua ligação direta com a indústria e ao seu elevado valor nutricional, com uma composição rica em óleo e proteínas. O presente estudo teve como objetivo quantificar a composição nutricional de sementes de amendoim tradicionais e de uma variedade comercial. O experimento foi realizado na Unidade de Tecnologia de Alimentos (UTAL) da Universidade Federal do Acre (UFAC), e o delineamento utilizado foi o inteiramente casualizado (DIC), com 4 tratamentos em triplicata. Os tratamentos foram compostos pela variedade comercial IAC-TATU-ST (T0) e três variedades tradicionais de amendoim: preto (T1), vermelho (T2) e roxo (T3), provenientes do vale do Juruá, no estado do Acre. As variáveis avaliadas foram teor de proteína total, carboidratos, umidade, cinzas, fibras, vitamina C e lipídeos. Na análise estatística foi constatada diferença significativa (p&lt;0,05) para proteína total, carboidratos, umidade, cinzas, fibras e lipídeos. A única variável que não apresentou diferença significativa foi o teor de vitamina C.</p> <p><strong>&nbsp;</strong></p> <p><strong>Palavras-chave: </strong>Sementes tradicionais; Análise bromatológica; Proteína</p> 2024-06-24T00:00:00-05:00 Copyright (c) 2024 https://periodicos.ufac.br/index.php/jamaxi/article/view/7599 MAPATI, CUCURA OU UVA-DA-AMAZÔNIA E SEUS APARENTADOS BOTÂNICOS 2024-05-03T17:57:57-05:00 Lin Ming linming2809@gmail.com Ari de Freitas Hidalgo afreitash@gmail.com <p>Este trabalho objetiva apresentar informações sobre material botânico do gênero <em>Pourouma</em> coletados na Amazônia brasileira e depositados no herbário do Museu Nacional de História Natural de Paris. sobre espécies aparentadas do mapati (também conhecido como cucura ou uva-da-amazônia), cujo fruto é comestível e comercializado na região amazônica.&nbsp; &nbsp;Este material tem sido coletado desde o século XIX, em vários momentos históricos e representa um conjunto de informações preciosas sobre as espécies. Com base nas informações dos rótulos, foram avaliadas as espécies, procurando enfocar a dinâmica das viagens, os objetivos das coletas, a evolução nos registros das exsicatas e as indicações acerca do ambiente de ocorrência, do uso, objetivos das coletas e a evolução na nomenclatura e determinação dos nomes válidos, destacando somente as espécies válidas e indicando as sinonímias, quando existentes. Para o gênero, os estados com maior número de coletas são o Amazonas e o Pará. A coleta mais antiga foi feita por M. Guillemin (<em>Pourouma guianensis</em>), em 1836 e a mais recente em 1965, por G.T. Prance, também de <em>P. guianensis</em>, no Pará. Foram avaliadas 36 exsicatas de 12 espécies de <em>Pourouma</em>.&nbsp; O principal determinador foi Cornelis Christian Berg, e os principais coletores foram Bóris Krukoff e Richard E. Spruce. Foi analisada a evolução nos registros de informações nas exsicatas. Os resultados podem servir de subsídio ao conhecimento da flora amazônica, com ênfase no gênero Pourouma, no qual pertencem algumas espécies cujos frutos são consumidos na região amazônica.</p> 2024-06-24T00:00:00-05:00 Copyright (c) 2024 https://periodicos.ufac.br/index.php/jamaxi/article/view/7576 DESEMPENHO DE MUDAS E BROMATOLOGIA DE ORA-PRO-NÓBIS MEDIANTE NÍVEIS DE SOMBREAMENTO 2024-04-30T21:21:39-05:00 Jardeson Kennedy Moraes de Souza jardesonk379@hmail.com Barbara Barbosa Mota barbara-mota@hotmail.com Marcio Chaves da Silva marciochaves10silva@gmail.com Julio de Souza Marques julio.marques@sou.ufac.br Regina Lúcia Félix Ferreira regina.ferreira@ufac.br <p>As Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) emergem como uma estratégia complementar às diversas políticas públicas voltadas para a redução da fome e a promoção da segurança alimentar em todo o mundo. No Brasil, essa abordagem tem ganhado destaque devido às pesquisas científicas realizadas com esse grupo de plantas. Um exemplo notável é o Pereskia aculeata, uma cactácea classificada como PANC devido ao seu elevado teor proteico, popularmente conhecida como ora-pro-nóbis. Na produção de hortaliças, empregam-se diversos sistemas de cultivo, sendo as malhas de sombreamento particularmente relevantes devido à sua contribuição para a obtenção de alta produtividade e qualidade. O objetivo do trabalho foi verificar a qualidade das mudas por meio de variáveis morfológicas e bromatológicas, mediante o uso níveis de sombreamento. O delineamento empregado foi o Inteiramente casualizado (DIC) onde os tratamentos do experimento em níveis de sombreamento foram os seguintes de cor preta: pleno sol (tratamento controle),&nbsp; 35%, 50% e 65% de sombreamento realizados na Universidade Federal do Acre (UFAC) - Rio Branco, Acre no ano de 2023. Os dados foram submetidos ao teste de Tukey e regressão ao nível de 5% de probabilidade. Foram avaliados parâmetros de crescimento e bromatológicos. A análise revelou que a área foliar, número de folhas e o teor proteico e de cinzas das mudas obtiveram melhores resultados sob os níveis de 30% a 50% de sombreamento, realçando o potencial da malha preta para melhorar a composição nutricional da ora-pro-nóbis.</p> 2024-06-24T00:00:00-05:00 Copyright (c) 2024 https://periodicos.ufac.br/index.php/jamaxi/article/view/7694 A QUALIDADE DE MUDAS DE BELDROEGA (Portulaca oleracea L.) PRODUZIDAS EM SUBSTRATOS ALTERNATIVOS 2024-05-31T16:03:56-05:00 Ryan Feitosa cunharyan578@gmail.com Marcio Chaves marciochaves10silva@gmail.com Barbara Mota barbara-mota@hotmail.com Marcia Chaves Chavesmarcia27@gmail.com Regina Félix regina.ferreira@ufac.br <p>A beldroega é uma espécie classificada como planta alimentícia não convencional, apresentando alto potencial de uso alimentício, ornamental e medicinal. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a qualidade de mudas de beldroega (<em>Portulaca oleracea </em>L.) produzidas em substratos alternativos. O estudo foi realizado na horta experimental da Universidade Federal do Acre, localizada no município de Rio Branco - AC, no período de julho a agosto de 2023. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado (DIC), com cinco (5) tratamentos e dez (10) repetições, totalizando cinquenta (50) unidades experimentais. Os tratamentos foram diferentes substratos, sendo: substrato comercial, coprólito de minhoca, substrato de palheira, composto orgânico e substrato de sumaúma. Aos 30 dias de cultivo foram efetuadas as seguintes avaliações: altura da planta, largura foliar, comprimento foliar, diâmetro do coleto, número total de folhas, número total de brotações, massa fresca da parte aérea, massa seca da parte aérea, massa fresca de raízes, massa seca de raízes, massa fresca total, massa seca total e calculou-se o índice de qualidade de Dickson. Após verificação dos pressupostos, efetuou-se a análise de variância pelo teste F, quando verificado a significância estatística foram realizadas comparações de médias pelo teste de Tukey (1949) a 5% de probabilidade. Houve efeito significativo (p&lt;0,05) dos substratos em todas as variáveis avaliadas, exceto para comprimento de raízes que apresentou um efeito não significativo. O substrato de palheira e o composto orgânico são alternativas na produção de mudas de qualidade para beldroega.</p> 2024-06-24T00:00:00-05:00 Copyright (c) 2024 https://periodicos.ufac.br/index.php/jamaxi/article/view/7741 APRESENTAÇÃO 2024-06-24T08:26:29-05:00 Francisco Bento da Silva francisco.bento@ufac.br Almecina Balbino Ferreira almecina.ferreira@ufac.br Marilene Santos de Lima marilene.santos@ufac.br 2024-06-24T00:00:00-05:00 Copyright (c) 2024