Revista Em Favor de Igualdade Racial https://periodicos.ufac.br/index.php/RFIR <p><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">A </span></span></span></span></span></span></span></span><strong><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">Revista Em Favor de Igualdade Racial</span></span></span></span></span></span></span></span></strong><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"> tem como proposta fomentar impacto sobre a prática de promoção de igualdade racial no Estado do Acre, que possibilitem enfrentar o racismo em diferentes instituições e instalar separar étnico-raciais democráticos nos espaços diferentes. </span></span></span></span></span></span></span><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">Visto que esta é uma temática que perpassa todas as áreas do saber de nossa sociedade, a revista tem como objetivo fortalecer a luta pela igualdade racial no Estado do Acre, levando conhecimento teórico-metodológico e socializando iniciativas exitosas já realizadas nesta temática, sendo avaliada, essas experiências, através de diversos trabalhos acadêmicos de diferentes cursos bem como segmentos sociais relevantes em promoção de igualdade racial.</span></span></span></span></span></span></span></span></p> <p><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><strong>ISSN:</strong> 2595-4911| <strong>Ano de criação: </strong>2018| <strong>Área do conhecimento: </strong>Educação |<strong>Periodicidade:</strong> Quadrimestral| <strong>Qualis: </strong>B1 |</span></span></span></span></span></span></span></span><strong><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">DOI: </span></span></span></span></span></span></span></span></strong><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><a href="https://doi.org/10.29327/269579.5.2">https://doi.org/</a></span></span></span></span></span></span></span></span><a class="ng-binding" href="https://doi.org/10.29327/269579" target="_blank" rel="noopener">10.29327/269579</a></p> <p> </p> Universidade Federal do Acre pt-BR Revista Em Favor de Igualdade Racial 2595-4911 <p>Os Direitos Autorais para artigos publicados nesta revista são do autor.&nbsp;Em virtude de aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são&nbsp;<strong>de uso gratuito,</strong>&nbsp;com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não-comerciais.</p> APRESENTAÇÃO DA CAPA https://periodicos.ufac.br/index.php/RFIR/article/view/7488 Andressa Queiroz da Silva Copyright (c) 2024 Andressa Queiroz da Silva https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2024-03-26 2024-03-26 7 1 01 02 10.29327/269579.7.1-1 CORPOS NEGROS NOS ESTUDOS PUBLICADOS EM PSICOLOGIA DO ESPORTE https://periodicos.ufac.br/index.php/RFIR/article/view/6676 <p>O objetivo do presente estudo foi mapear e analisar o corpo de conhecimento produzido em Psicologia do Esporte referente as relações étnico-raciais, especificamente população negra, publicados na Revista Brasileira de Psicologia do Esporte. Para tanto, foi realizada uma revisão sistemática dos artigos publicados entre os anos de 2007 e 2022 e a análise se deu a partir da leitura dos resumos, palavras-chave e método de todos as publicações da revista, seguida da quantificação e classificação dos artigos e assuntos relacionados a temas étnico raciais. Descritores como negro/a, étnico-racial, racismo, discriminação, cor da pele, preto/a, pardo/parda foram termos pré-determinados para a busca. Dos 170 artigos incluídos nessa revisão, 92,35% eram artigos originais, 5,88% eram artigos de revisão ou histórico e 1,76%, relatos de experiência. Entre as publicações analisadas, nenhuma tratou da temática étnico racial ou se utilizou de algum dos descritores nas palavras-chave, resumo ou na amostra. Considerando ter o Brasil a maior população negra fora do continente africano e a maioria da população autodeclarada como negra, as políticas e resoluções que direcionam para a importância de se coletar informações sobre a variável étnica nos sistemas de saúde e nas produções científicas, a Lei 10639/03, seus desdobramentos e impactos nos processos educativos, os impactos que o racismo produz nos níveis de estresse e no desempenho da(o) atleta, é importante refletir sobre os achados e os não achados dessa pesquisa, que constata a necessidade de reverter esse processo de ausências, invisibilidade e de universalização de corpos.</p> Adriana Inês de Paula Copyright (c) 2024 Adriana Inês de Paula https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2024-03-21 2024-03-21 7 1 09 19 10.29327/269579.7.1-3 KARL MARX, ESCRAVIDÃO E ABOLIÇÃO NOS ESTADOS UNIDOS https://periodicos.ufac.br/index.php/RFIR/article/view/7025 <p>O artigo pretende realizar alguns apontamentos atuais de categorias-chave para se compreender a eclosão da Guerra Civil na América do Norte, entre 1861 e 1865, quais sejam o escravismo e o racismo presentes como elementos motrizes do conflito internacional, e explicitar como tais categorias ainda tencionam as agendas dos negros nos Estados Unidos da América. No momento em que as lutas antirracistas ecoam com maior intensidade, o texto nos parece oportuno como contribuição para o debate das questões raciais envolvendo tanto os Estados Unidos quanto o Brasil e demais nações do mundo, na proporção em que traz novas abordagens de análises. Para isso, e numa perspectiva metodológica interdisciplinar, dois autores são essenciais nesta tarefa para alargar a compreensão do fenômeno racial, Karl Marx e Friedrich Engels (1974), uma vez que ambos elaboraram, cada qual ao seu modo, escritas sobre aquela guerra. Daremos destaque ao caso da Virgínia, por possibilitar uma conexão entre o passado escravista descrito por Marx e a atual crise étnica norte-americana. Desta forma, a herança da Guerra Civil Americana influência díspares aspectos fenômicos, sociais, políticos, étnicos, jurídicos e mentais na vida das pessoas negras, cujo grau de sociabilidade ainda não se realizou devidamente.</p> Alexandre Francisco Braga Copyright (c) 2024 Alexandre Francisco Braga https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2024-03-21 2024-03-21 7 1 20 37 10.29327/269579.7.1-4 A IMPORTÂNCIA DAS NARRATIVAS MÍTICAS DA CULTURA INDÍGENA PARA A PROMOÇÃO DA ALTERIDADE https://periodicos.ufac.br/index.php/RFIR/article/view/6456 <p>O presente artigo é dedicado à análise crítica do livro de literatura infantil: Contos Indígenas Brasileiros, do escritor indígena Daniel Munduruku. A literatura infantil e juvenil apresentada neste trabalho é uma área do conhecimento interdisciplinar que dialoga com as artes visuais devido ao processo de interação com as imagens ilustradas e com as narrativas da oralidade africana, afro-brasileira e indígena. No contexto do ensino da arte, da história e da cultura escolar, houve um aumento significativo de publicações de livros com a temática afro-brasileira, africana e indígena a partir da promulgação da lei 10.639/03 e da lei 11.645/08 as quais tornaram os conteúdos supracitados obrigatórios em todos os níveis de ensino. Esta pesquisa buscou compreender de que modo as narrativas de oito etnias apresentadas no livro falam a respeito de como mitos, os anciãos, os costumes e as crenças contribuem para criação de imagens afirmativas de valores identitários das comunidades indígenas brasileiras. Constatamos que as narrativas analisadas estão permeadas por valores que promovem a alteridade, pois levam a uma reflexão ao tempo anterior a cultura modernista. Além disso, trazem a preservação das histórias ancestrais como fio condutor do processo de construção identitária dessas comunidades.</p> Aparecido Vasconcelos de Souza Copyright (c) 2024 Aparecido Vasconcelos de Souza https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2024-03-21 2024-03-21 7 1 38 50 10.29327/269579.7.1-5 ALFABETIZAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS https://periodicos.ufac.br/index.php/RFIR/article/view/7045 <p>Discute-se o diálogo reflexivo entre alfabetização de jovens e adultos e a educação das relações étnico-raciais. Trata-se de um recorte da dissertação de mestrado defendida no Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGed) da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). As análises reflexivas foram realizadas por meio da abordagem qualitativa de cunho exploratório, cujo instrumento para elaboração dos dados foi a entrevista semiestruturada. Quanto às participantes, elegemos oito educandas do I segmento etapas I, II e III da modalidade EJA, que equivale ao 1º, 2º e 3º ano do ensino fundamental anos iniciais, todas autodeclaradas negras. Recorremos, também, à pesquisa bibliográfica e documental, bem como aos marcos legais que alicerçam a Educação de Jovens e Adultos (EJA) e a educação das relações étnicos raciais. Os resultados apontam que o/a educando/a da EJA é o mesmo sujeito que, desde a infância, experiencia opressões sociais por conta do seu pertenço étnico, de raça/cor, de classe, de gênero e tantas outras formas de violência. Embora exista uma vasta legislação que ampare a discussão dessa temática na escola, ela ainda tem dificuldade de abordar essas questões, assim, muitas vezes, silencia-se diante do racismo estrutural que perpassa o âmbito escolar.</p> Adenilson Souza Cunha Júnior Mônica Clementino de Menezes Copyright (c) 2024 Adenilson Souza Cunha Júnior, Mônica Clementino de Menezes https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2024-03-21 2024-03-21 7 1 51 68 10.29327/269579.7.1-6 IGUALDADE RACIAL https://periodicos.ufac.br/index.php/RFIR/article/view/7052 <p>As ações afirmativas são políticas públicas ou privadas, oriundas de lutas incansáveis dos movimentos sociais, que visam atingir o princípio constitucional da igualdade material, corrigindo exclusões socioeconômicas do passado ou presente. Neste contexto, a Lei n.º 12.990/2014, acerca de políticas públicas de ações afirmativas em concursos públicos, surge como instrumento de reparação e justiça social causada pela sub-representação de pessoas negras no serviço público. Este artigo visa compreender os desafios e obstáculos enfrentados na implementação política de ação afirmativa de cotas raciais diante da respectiva legislação aplicável a concursos de docentes das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES). Trata-se de uma pesquisa exploratória, com abordagem qualitativa, por meio de uma revisão sistematizada de literatura, onde buscamos produções acadêmicas realizadas no período de 2013 a 2023 que abordassem a temática da política de cotas raciais nos concursos públicos para docentes da rede federal de ensino. Após o refinamento dos critérios estabelecidos para a busca, foram eleitos cinco artigos, cujas análises emergiram as seguintes categorias analíticas: análise da legislação e política pública; avaliação da política pública no contexto nacional e avaliação de política pública localmente. Os resultados apontam interpretações distintas do dispositivo legal, evidenciando comportamentos racistas e uma diferença abissal entre os resultados esperados e os encontrados, quando a normativa é aplicada nos concursos para docentes.</p> Carlos Augusto da Silva Junior Eniel do Espírito Santo Ana Katia Alves dos Santos Copyright (c) 2024 Carlos Augusto da Silva Junior, Eniel do Espírito Santo, Ana Katia Alves dos Santos https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2024-03-21 2024-03-21 7 1 69 84 10.29327/269579.7.1-7 A EDUCAÇÃO NO COMBATE AO RACISMO E A XENOFOBIA NO BRASIL https://periodicos.ufac.br/index.php/RFIR/article/view/6857 <p>Refletir sobre os processos de educação e analisa-los envolve compreender as demandas sociais vigentes. Assim, as instituições de educação escolar e acadêmica, bem como as instituições de educação não-formal, não podem estar alheias às questões sociais e devem promover práticas de transformação da sociedade por um viés da ética, da justiça e da equidade. Ao aproximar esse debate das questões migratórias, argumenta-se que é necessário promover um espaço educacional de escuta e acolhida de diversas questões que estão ao redor das demandas dos(as) migrantes. A partir disso, anuncia-se que o objetivo deste artigo é discutir os preconceitos enfrentados por migrantes negros(as) no Brasil e promover uma discussão acerca da importância de uma educação antixenorracista. Trata-se de uma pesquisa de cunho bibliográfico e justifica-se pela necessidade e urgência do debate acerca da educação para pessoas migrantes no Brasil, assim como a importância do protagonismo migratório na sociedade. Tal protagonismo deve estar presente nas instituições educacionais para garantir a promoção de uma transformação social, com a inclusão dessas pessoas e a redução dos preconceitos enfrentados. Como principais conclusões, defende-se uma educação que mantenha uma práxis de combate ao racismo por meio da compreensão da diversidade cultural, das diversas identidades e da importância da valorização das narrativas migratórias enquanto protagonistas de suas histórias.</p> Giovani Giroto Ercília Maria Angeli Teixeira de Paula Copyright (c) 2024 Giovani Giroto, Ercília Maria Angeli Teixeira de Paula https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2024-03-21 2024-03-21 7 1 85 97 10.29327/269579.7.1-8 O RACISMO ESTRUTURAL NA DERMATOLOGIA BRASILEIRA https://periodicos.ufac.br/index.php/RFIR/article/view/6802 <p>O presente artigo busca escancarar o racismo estrutural na dermatologia brasileira. Realizou-se uma análise histórica para que se compreenda o racismo, no âmbito da dermatologia, como um processo histórico, em que as características físicas de pessoas de pele branca são valorizadas, de forma que se eleva o estudo das particularidades da pele branca na dermatologia brasileira. Observa-se que tal estratégia faz parte de uma ferramenta de eugenia e de supremacia branca, que faz com que se despreze o estudo das particularidades da pele negra na área da dermatologia brasileira. O direito, como ferramenta antidiscriminatória, pode ser utilizado para introduzir, na Lei nº 8.080/90, a Lei Orgânica da Saúde, um protocolo de tratamento médico que inclua o estudo das particularidades da pele negra. É igualmente importante que o Ministério da Educação (MEC), em controle de qualidade do curso de medicina, inclua a abordagem de protocolos de tratamento da pele negra na disciplina de dermatologia.</p> Giovanna Alimenti Polegato Alvaro Luiz Travassos de Azevedo Gonzaga Gisele Pereira Aguiar Copyright (c) 2024 Giovanna Alimenti Polegato, Alvaro Luiz Travassos de Azevedo Gonzaga, Gisele Pereira Aguiar https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2024-03-21 2024-03-21 7 1 98 115 10.29327/269579.7.1-9 "FIRMA O TAMBOR PARA A RAINHA DO TERREIRO" https://periodicos.ufac.br/index.php/RFIR/article/view/6619 <p>O protagonismo feminino negro nas religiões afro-brasileiras é um campo de possibilidades para os estudos das experiências de mulheres racializadas em diversas temporalidades. O presente trabalho tem como objetivo analisar as casas afro-religiosas, entre 1870 e 1889 no Rio de Janeiro, como espaços de sociabilidade feminina. As chamadas casas de dar fortuna despontam na imprensa carioca como locais de articulação da religiosidade negra em uma cidade escravista. Rainhas, mães, filhas e frequentadoras se tornaram figuras marcantes para a compreensão desse objeto de estudo. A partir da leitura de documentos, à primeira vista repletos de distorções, buscamos desvendar pistas e indícios sobre a participação de mulheres plurais nesses encontros. Sob a lógica do paradigma indiciário proposto por Carlo Ginzburg (1989), analisaremos matérias publicadas nos periódicos que circulavam no período estudado, além do processo criminal de José Sebastião da Rosa (1872). Foi possível perceber, a partir da interseccionalidade (Crenshaw, 2002), diferentes experiências femininas que se cruzavam na afro-religiosidade. Mulheres negras livres, libertas ou escravizadas, brancas trabalhadoras ou das elites se encontravam nessa encruzilhada em busca de autonomia e transformação.</p> Hanna Katherine Ferreira Gomes Copyright (c) 2024 Hanna Katherine Ferreira Gomes https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2024-03-21 2024-03-21 7 1 116 132 10.29327/269579.7.1-10 PROTAGONISMO DA JUVENTUDE JIRIPANKÓ https://periodicos.ufac.br/index.php/RFIR/article/view/6865 <p>O presente trabalho tem como objetivo analisar a perspectiva da juventude indígena da comunidade Jiripankó, localizada no sertão alagoano, em meio aos movimentos culturais e à universidade, considerando-a como um território de luta. Este trabalho segue a metodologia da pesquisa etnográfica (MATTOS, 2011), em que buscamos discutir sobre uma temática vivenciada por um dos pesquisadores. Para realização deste estudo, foram coletadas entrevistas com duas jovens da comunidade, que fazem parte do grupo “Tonã Toa”, na qual discutimos questões relacionadas à temática do protagonismo e da juventude, além da importância deles para os movimentos de luta e de resistência. Como embasamento teórico, utilizamos pesquisadores como Dayrell (2003), Dayrell e Gomes (2009), Santos, Ferreira e Santos (2022); e o Plano Pedagógico do Curso de Letras da Licenciatura Intercultural (CLIND-AL, 2018). Além disso, recorremos a algumas reflexões sobre o Letramento de Resistência (SOUZA, 2011), considerando a união entre espaços não formais e formais de ensino (aldeia e universidade) para a construção de um diálogo e para a formação cidadã desse grupo que, por vezes, foi silenciado. Analisamos os dados de forma qualitativa, priorizando a descrição e interpretação das falas das colaboradoras. Diante disso, constatamos que não existe apenas uma juventude (singular), mas diferentes juventudes (plural), em que ser indígena não está vinculado a um estereótipo e que cada indivíduo, por mais que carregue o traço identitário da cultura, possui uma identidade individual, na qual ele tem autonomia de escolher quais serão os caminhos que deseja trilhar.</p> João Paulo de Jesus dos Santos Natália Luczkiewicz da Silva Copyright (c) 2024 João Paulo de Jesus dos Santos, Natália Luczkiewicz da Silva https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2024-03-21 2024-03-21 7 1 133 149 10.29327/269579.7.1-11 RACISMO AMBIENTAL https://periodicos.ufac.br/index.php/RFIR/article/view/6873 <p>O racismo ambiental é um fenômeno complexo que tem impactos desproporcionais sobre comunidades racializadas historicamente marginalizadas. Essas comunidades enfrentam desafios significativos relacionados à exposição a riscos ambientais, falta de acesso a recursos naturais e serviços básicos, além de enfrentarem dificuldades na participação em processos de tomada de decisão que afetam seu ambiente. Esta revisão bibliográfica tem como objetivo ampliar o entendimento dos aspectos conceituais e teóricos do racismo ambiental, contribuindo para a disseminação do conhecimento sobre o tema. Para alcançar esse objetivo, foram utilizados métodos de pesquisa qualitativa e bibliográfica, baseados em artigos científicos e livros. A revisão conclui que o racismo ambiental não é apenas uma questão de distribuição desigual de recursos e riscos ambientais, mas também está enraizado em estruturas sociais e sistemas de opressão. Com base nessa revisão bibliográfica, é possível fornecer contribuições importantes para aumentar a conscientização sobre o racismo ambiental. A promoção da justiça ambiental, por meio de políticas e práticas que garantam a equidade e inclusão das comunidades marginalizadas, é essencial para enfrentar esse problema sistêmico e construir um futuro mais justo e sustentável.</p> Júlia Fernandes Rodrigues Copyright (c) 2024 Júlia Fernandes Rodrigues https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2024-03-21 2024-03-21 7 1 150 161 10.29327/269579.7.1-12 O NEGÃO, A PATRICINHA E A LOIRINHA https://periodicos.ufac.br/index.php/RFIR/article/view/6481 <p>No presente trabalho, buscou-se analisar como o discurso produz uma imagem do amor interracial entre homens negros e mulheres brancas. Entendendo a colonialidade como ideologia determinante da sociedade brasileira, fundamentada no racismo, é imprescindível analisar como funcionam os mecanismos de significação da ideologia racista. À luz da Análise de Discurso materialista, desenvolvida a partir de Michel Pêcheux (2019 [1969]), analisaram-se letras das canções “Patricinha do Olho Azul” (2011), interpretada pelo Grupo Bom Gosto e “A loirinha, o playboy e o negão”, interpretada pela cantora Kelly Key (2003). Observou-se como são produzidas as imagens de homens negros e mulheres brancas e o modo como interagem dialeticamente as opressões de gênero (machismo), de raça (o racismo) e de classe (classismo), nas letras dessas canções. Tanto em uma canção quanto em outra, apresenta-se como necessária a justificação da eleição do amor de um homem negro por uma mulher branca, construindo-se assim uma argumentação que se baseia na cisão corpo racializado e alma (“sem cor”). Ao mesmo tempo em que o homem negro é validado “apesar de sua cor” por virtudes intrínsecas, é também valorizado por sua hipersexualidade.</p> Luiz Felipe Andrade Silva Isabel do Nascimento Santos Copyright (c) 2024 Luiz Felipe Andrade Silva, Isabel do Nascimento Santos https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2024-03-21 2024-03-21 7 1 162 178 10.29327/269579.7.1-13 A OBRIGATORIEDADE DO ENSINO DE HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA, AFRICANA E INDÍGENA E A FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE FILOSOFIA https://periodicos.ufac.br/index.php/RFIR/article/view/6621 <p>No presente artigo pretendemos pensar a obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-brasileira, africana e indígena segundo as leis n° 10.639/2003 e 11.645/2008 no contexto da graduação de Filosofia. Levando em consideração a história do Brasil e sua relação com grupos racializados, como negros e indígenas, observamos que a educação ocupa um espaço significativo na formação do cidadão e na manutenção de discursos e complexos de poder opressivos. Partindo do conceito de racismo acadêmico tal como desenvolvido por Mariléa de Almeida, listamos alguns estudos que pensam essas leis na formação docente e na prática de ensino de Filosofia no ensino básico. Concluímos com uma breve proposta de reforma curricular da graduação de Filosofia através da implementação de cotas de pesquisas e de conteúdos nas disciplinas obrigatórias.</p> Mariana de Andrade da Silva Talita Camilo Lemos Pedro Farias Mentor Jéssica Lara Rodrigues Copyright (c) 2024 Mariana de Andrade da Silva, Talita Camilo Lemos, Pedro Farias Mentor, Jéssica Lara Rodrigues https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2024-03-21 2024-03-21 7 1 179 193 10.29327/269579.7.1-14 A REDENÇÃO DE CAM https://periodicos.ufac.br/index.php/RFIR/article/view/7148 <p>A ideologia do branqueamento é uma das principais características do racismo no Brasil, e está na estrutura das relações sociais, atrelado basicamente ao aspecto referencial estético-fenotípico dos brasileiros. As reflexões tecidas neste artigo estão focadas na ideologia do branqueamento, e para tal, nos deteremos na obra “A redenção de Cam” (1895), do artista plástico espanhol Modesto Brocos (1852-1936). Tal obra foi amplamente utilizada por jornalistas, intelectuais e ideólogos do racismo no final do século XIX e início século XX, como forma de propagandear a necessidade de mudança racial da sociedade brasileira que consideravam demasiadamente negra. Segundo suas crenças racistas, o Brasil não avançava para um patamar elevado de civilidade e desenvolvimento econômico por ser atrasado justamente pela mistura de “raças”. Para compreender a influência da obra de Modesto Brocos ao propagandear a ideologia do branqueamento, vamos abordar topicamente alguns aspectos teóricos da imagem como forma de repercutir determinadas formas de pensar e conceber o Brasil. Especial atenção será dada à noção de imagem-despertador, seguindo as teorias de Rafael Mangana (2018), cujas ideias ajudam a compreender os impactos da obra de Brocos e sua “A Redenção de Cam”.</p> Maureci Moreira de Almeida Copyright (c) 2024 Maureci Moreira de Almeida https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2024-03-21 2024-03-21 7 1 194 207 10.29327/269579.7.1-15 OS MARCADORES DAS AFRICANIDADES NO CHÃO REDONDO DA ESCOLA E SUAS IMPLICAÇÕES NA FORMAÇÃO DOCENTE https://periodicos.ufac.br/index.php/RFIR/article/view/6625 <p>Este artigo é resultado de uma pesquisa de mestrado realizada no Programa de Pós-graduação em Educação da UFC. Justifica-se pela necessidade do corpo docente de uma escola pública da rede municipal de ensino ao relatar a ausência e lacuna na formação docente, no sentido da implementação da Lei Nº 10.639/2003. Assim, circunscreve como objetivo primordial desse estudo a possibilidade de afirmar uma mirada ancestral na formação docente, a partir dos marcadores das africanidades, numa perspectiva afrorreferenciada. O lócus de investigação é um grupo de professoras/es em efetivo exercício de sala em turmas do Ensino Fundamental - Anos Iniciais. Apresentamos ações educativas que se deram no âmbito da pesquisa-pretagógica, que delineou possibilidades curriculares para o ensino da história e cultura africana e afro-brasileira. Para tanto, buscamos o aporte filosófico-teórico-metodológico na Pretagogia (AUTOR 2, 2015), um referencial que nasce do entrelaçar de raízes-saberes teórico-metodológico-filosóficas de muitas/os pesquisadoras/es relacionados/os ao Núcleo de Estudo das Africanidades Cearenses (NACE), um Núcleo de Estudo Afro-brasileiro, ligado à Faculdade de Educação da UFC (MEIJER, 2019).</p> Samuel Morais Silva Sandra Haydée Petit Copyright (c) 2024 Samuel Morais Silva, Sandra Haydée Petit https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2024-03-21 2024-03-21 7 1 208 223 10.29327/269579.7.1-16 CURRÍCULO INTERCULTURAL https://periodicos.ufac.br/index.php/RFIR/article/view/6647 <p>O texto apresentado é um compactado do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) desenvolvido no curso de Pedagogia de uma universidade localizada na região amazônica. O objetivo foi analisar a materialização da História e das Culturas indígenas no currículo escolar público de Ji-Paraná-RO e as repercussões destes estudos por meio de produções acadêmicas. A investigação se caracterizou como qualitativa (Bogdan; Biklen, 1994) em interface com a pesquisa documental e a pesquisa bibliográfica. A fundamentação teórica levou em consideração os textos de Bergamaschi e Gomes (2012), Walsh (2009), Neves (2013; 2016), além de documentos oficiais (Brasil, 2003; 2008). Os resultados permitiram compreender que os estudos sobre a História e as culturas indígenas no currículo escolar público de Ji-Paraná-RO tem se evidenciado de forma pontual por meio de ações esporádicas de docentes ou das recentes alterações introduzidas no livro didático. Concluímos que em uma região marcada pela presença indígena, como a Amazônia, é de fundamental importância o cumprimento da Lei 11.645/2008 por meio de investimento na formação docente inicial e continuada.</p> Valéria Rocha dos Santos Josélia Gomes Neves Neves Copyright (c) 2024 Valéria Rocha dos Santos, Josélia Gomes Neves Neves https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2024-03-21 2024-03-21 7 1 224 237 10.29327/269579.7.1-17 EDITORIAL https://periodicos.ufac.br/index.php/RFIR/article/view/7475 Eduardo Silveira Netto Nunes Copyright (c) 2024 Eduardo Silveira Netto Nunes https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2024-03-21 2024-03-21 7 1 03 08 10.29327/269579.7.1-2 SUMÁRIO https://periodicos.ufac.br/index.php/RFIR/article/view/7476 <p>Sumário</p> Revista Em Favor de Igualdade Racial - Refir Copyright (c) 2024 Revista Em Favor de Igualdade Racial - Refir https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2024-03-21 2024-03-21 7 1 FICHA TÉCNICA https://periodicos.ufac.br/index.php/RFIR/article/view/7477 <p>Fichá Técnica</p> Revista Em Favor de Igualdade Racial - Refir Copyright (c) 2024 Revista Em Favor de Igualdade Racial - Refir https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2024-03-21 2024-03-21 7 1