<b>VOZES E POLÍTICAS DISSONANTES: A BNCC E SUA RELAÇÃO COM O CONHECIMENTO ESCOLAR NO ENSINO MÉDIO

Autores

  • Luís Paulo Cruz Borges Instituto de Apliação Fernando Rodrigues da Silveira da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (CAp-UERJ).

Palavras-chave:

Conhecimento escolar. BNCC. Vozes e Política. Currículo e diferença

Resumo

O objetivo do presente texto é explorar os eixos trabalho, cultura, ciência e tecnologia presentes na BNCC entremeando-os com as vozes discentes. Opera-se com a ideia de reimaginação da cultura e da própria escola a partir da vozes e políticas dissonantes no tempo atual. Metodologicamente utiliza-se a abordagem etnográfica partindo do student voice que tem suas ancoragens nas narrativas, subjetividades e reflexividades dos participantes da pesquisa de modo a não apenas ilustrar, mas consubstanciar formas de entendimento, mudanças de atitudes, saberes e valores a partir da ótica dos próprios sujeitos. No primeiro momento debate-se a escola moderna sob rasura que põe em xeque o conhecimento escolar. Já em um segundo momento os jovens estudantes, a BNCC e suas relações com o conhecimento no Ensino Médio tornam-se tópicos de análise. À guisa de conclusão, assume-se a ideia que a reimaginação do conhecimento, e da própria escola, pode ser encarada como uma política de produção curricular.

Biografia do Autor

Luís Paulo Cruz Borges, Instituto de Apliação Fernando Rodrigues da Silveira da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (CAp-UERJ).

Doutor em Educação pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Professor do Instituo de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (CAp-UERJ) e da Rede Estadual de Educação (SEEDUC/RJ). Rio de Janieor- RJ, Brasil. E-mail: borgesluispaulo@yahoo.com.br

Referências

APPADURAI, A. Entrevista com Arjun Appadurai. Concedida a Bianca Freire-Medeiros e Mariana Cavalcanti. Berlin, 13 de junho de 2008, Est. His. Rio de Janeiro, vol.23, n.45, p. 187-197, 2010.

APPADURAI, A. O medo do pequeno número: ensaio sobre a geografia da raiva. São Paulo: Ed. Iluminuras: Itaú Cultural, 2009.

APPADURAI, A. Modernity at large: cultural dimensions of globalization. Minneapolis: University of Minnesota Press, (1996) ed.2003.

BHABHA, H. O local da Cultura. 4reimp. Belo Horizonte: EDUFMG, 2007.

CANDAU, V. M. Construir ecossistemas educativos - Reinventar a escola. In: CANDAU, V. M. (org). Reinven¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬tar a escola. Rio de Janeiro, Editora Vozes, 6 ed. 2008.

CHARLOT, Bernard. Educação e Globalização. Uma tentativa de colocar ordem no debate. Revista Sísifo (Lisboa), v. 4, p. 129-136, 2007.

COOK-SATHER, A. Authorizing student perspectives: Toward trust, dialogue, and change in education. Educational Researcher, 31, 4, 2002, p.3-14.

DUBET, François. Quando o sociólogo quer saber o que é ser professor. Entrevista com François Dubet. Revista Espaço Aberto, maio/jun/jul/ago, n.5; set/out/Nov/dez, n.6; p. 222-231, 1997.

FAGUNDES, T. B. Para uma epistemologia da educação escolar. Tese (Doutorado) em Educação. Programa de Pós-graduação em Educação, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2017.187 p.

GABRIEL, C. Conhecimento escolar e emancipação: uma leitura pós-fundacional. Revista Cadernos de pesquisa, v. 46, p. 104-130, 2016.

GABRIEL, C. T. Quando “nacional” e “comum” adjetivam currículo da escola pública. Revista Retratos da Escola, Brasília, v.09, n. 17, p. 283-297, 2015.

GABRIEL, C. T. Conhecimento escolar, cultura e poder: desafios para o campo do currículo em tempos de “pós”. In: MOREIRA, A.F.; CANDAU, V.M,. (Org.). Multiculturalismo. Diferenças Culturais e Praticas pedagógicas. 10 ed.Petrópolis: Editora Vozes, 2013, v. 1, p. 212-245.

GABRIEL, Carmen Teresa. Conhecimento escolar, cultura e poder: desafios para o campo do currículo em “tempos pós”. in CANDAU, V. M. & MOREIRA, A. F. Multiculturalismo, diferenças culturais e práticas pedagógicas. Editora Vozes, Petrópolis/RJ, 2008.

HALL, S. A centralidade da cultura: notas sobre as revoluções culturais do nosso tempo. Educação & Realidade, Porto Alegre, v. 22, nº2, p. 15-46, jul./dez. 1997.

MACEDO, E. F. Currículo e hibridismo: para politizar o currículo como cultura. Educação em Foco (Juiz de Fora), Juiz de Fora, v. 8, n. 1 e 2, p. 13-30, 2004.

MACEDO, E. F. Currículo, cultura e diferença. In: LOPES, A. C.; ALBA, A. (Orgs.) Diálogos curriculares entre Brasil e México. Rio de Janeiro: EdUerj, p. 83-104, 2014.

MACEDO, E. Base Nacional Comum para Currículos: direitos de aprendizagem e desenvolvimento para quem? Educação e Sociedade, v. 36, p. 891-908, 2015.

MACEDO, E. Por uma leitura topológica das políticas curriculares. Archivos Analíticos de Políticas Educativas, 24(26). v24.2075, (2016).

MATTOS, C. L. G. ALVES, W. B. Outros saberes sobre a escola: a voz do aluno na pesquisa em educação. In: Maria do Socorro Lucena Lima; Maria Marina Dias Cavalcante; José Albio Morreira de Sales; Isabel Maria Sabino de Farias. (Org.). Didática e prática de ensino na relação com a escola. 1ed.Fortaleza: EdUECE, 2015, v. 1, p. 03435-03446.

MIGNOLO, W. Decolonialidade como caminho para a cooperação. Revista do Instituto Humanitas Unisinos, Ano XIII, p. 01-04, 2013.

MIGNOLO, W. D. O pensamento liminar e a transformação do conhecimento. In Histórias locais /projetos globais – colonialidade, saberes subalternos e pensamento liminar. Tradução de Solange Ribeiro de Oliveira. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2003.

PEIRANO, M. A favor da etnografia. Rio de Janeiro, Relume-Dumará, 1995.

Downloads

Publicado

2018-06-02

Como Citar

BORGES, L. P. C. &lt;b&gt;VOZES E POLÍTICAS DISSONANTES: A BNCC E SUA RELAÇÃO COM O CONHECIMENTO ESCOLAR NO ENSINO MÉDIO. Communitas, [S. l.], v. 2, n. 3, p. 59–74, 2018. Disponível em: https://periodicos.ufac.br/index.php/COMMUNITAS/article/view/1852. Acesso em: 28 mar. 2024.

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)